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Henrique Alves também defendeu uma mudança radical no tratamento dado pelo Congresso aos vetos presidenciais, que ficam esquecidos durante anos pelo Parlamento. O Executivo, segundo Alves, não podem ter "a última palavra" na votação das leis. O tema surgiu por causa dos três mil vetos que terão de ser votados pelos parlamentares até que possam apreciar o veto da presidente Dilma Rousseff à divisão igualitária dos royalties do petróleo. Embora em minoria, as bancadas dos Estados produtores, como Rio de Janeiro e Espírito Santo, brigam pela manutenção do veto e as demais prometem derrubá-lo.
Alves disse que terá de haver uma "saída negociada" com todos os partidos para apressar a votação de vetos presidenciais mais antigos. "É um mea culpa de todos nós. Há doze anos os vetos não são votados. Nós erramos. Acumularam três mil vetos. Mas isso tudo teve um lado positivo. Há muitos governos o veto passou a ser a última palavra em relação ao Legislativo e não pode ser assim. A área econômica de todo os governos nem dava importância (para as votações no Congresso), porque dizia 'o presidente veta o Fernando Henrique veta, o Lula veta, a Dilma veta'. A última palavra tem que ser a apreciação do veto. O governo terá mais cuidado em analisar as emendas dos deputados e os parlamentares terão mais cuidado em apresentar suas emendas", disse.
Questionado sobre outras promessas que desagradam o governo, como a mudança no rito das medidas provisórias e a revisão do pacto federativo, Henrique Alves respondeu: "O que eu retrato nas minhas propostas é manifestação unânime da Casa".