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MPF pede ação por improbidade contra ex-ministro LupiLupi nega mal-estar com Dilma por escolha de Brizola NetoDilma discute com Lupi nome do PDT para assumir Ministério do Trabalho'Meu problema não é com o Aécio, é com o PSDB', diz LupiPresidente do BNDES poderá dar explicações ao Congresso duas vezes por anoDeputado do PSDB quer fim de sigilo em operação do BNDESMinistério do Trabalho segura processo contra assessor acusado de irregularidadesMP que amplia financiamentos do BNDES chega à CâmaraUm primeiro ofício pedindo a substituição de Lupi fora enviado pelo secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego, Carlos Sasse, ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, em 18 de junho de 2012. O MTE tem direito a uma vaga no Conselho, tradicionalmente ocupada pelo próprio titular da pasta. Não houve, porém, troca até esta quinta-feira, e Lupi ficou no posto. Atualmente, a condição do o ex-ministro é indefinida: embora integre o Conselho, não recebeu pagamento por isso no último trimestre de 2012.
Lupi foi exonerado em 2011 pela presidente Dilma Rousseff, em meio a acusações sobre irregularidades envolvendo organizações não-governamentais que tinham relação com o ministério. Sua queda, porém, aconteceu quando surgiu a denúncia de que ele teria acumulado ilegalmente cargos públicos. Dilma fez Lupi saber que, se não apresentasse sua demissão, seria demitido. Foi o que aconteceu.
A reportagem não localizou o ex-ministro para falar da denúncia. Oficialmente, o BNDES informou aguardar a nomeação de novo conselheiro para substituir Lupi.
Briga
A nova denúncia contra Lupi surge em meio à disputa pelo controle do PDT. O ministro Brizola Neto, nomeado para o cargo no meio de 2012, e seu grupo político tentam tomar a máquina partidária ainda controlada pelo ex-ministro, que foi um dos auxiliares mais próximos do fundador da legenda, Leonel Brizola, morto em 2004. Lupi, segundo adversários, usou o ministério para reforçar, com cargos e verbas, seu controle sobre a agremiação. Com 26 deputados e quatro senadores, o PDT integra a base governista.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, nesta quinta-feira, o ex-ministro afirmou que, mesmo depois de demitido, continuou a participar de reuniões do conselho. O BNDES negou.