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Estado de Minas

Léo Burguês determina escolha dos dirigentes das comissões da Câmara de BH


postado em 18/01/2013 06:00 / atualizado em 18/01/2013 14:23

Depois de uma reunião que durou cerca de três horas, os vereadores da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Belo Horizonte definiram nessa quinta-feira a composição das comissões na Câmara Municipal de Belo Horizonte. A estratégia de ocupar as mais importantes com opositores (PT e PMDB) do prefeito Marcio Lacerda (PSB) e com os 21 vereadores que reelegeram Léo Burguês à Presidência da Casa foi colocada em prática. Com isso, a Mesa tem mais artifícios para dificultar a tramitação de projetos do Executivo. A distribuição, no entanto, não agradou a alguns parlamentares, aumentando ainda mais as divergências entre os vereadores. A presidência das comissões é definida pela maioria dos membros, mas algumas já estão predefinidas a partir de articulações entre os parlamentares.

O PSB ganhou, segundo Léo Burguês, todas as comissões que quis. Os seis vereadores foram distribuídos em cinco comissões (veja quadro), porém só devem ficar com a presidência de uma. Os socialistas tinham nas mãos, na Legislatura passada, a comissão mais cobiçada, a de Legislação e Justiça, presidida pelo vereador Daniel Nepomuceno. Ela tem o poder de barrar os projetos na origem impedindo-os de ir a plenário. Agora, quem vai ficar com ela, segundo informações de bastidores, é o vereador novato Marcelo Álvaro Antônio, do PRP, partido presidido pelo pai do deputado federal Luis Tibé (PTdoB), Tibelindo Soares Resende.

Outra comissão de peso, porque pode barrar os projetos, é a de Orçamento e Finanças Públicas. Para ela foram nomeados dois vereadores do PT, Adriano Ventura e Tarcísio Caixeta, Gilson Reis (PCdoB) e Henrique Braga (PSDB). Ventura é um dos cotados para assumir a direção. Tanto Caixeta quanto Gilson Reis não queriam ir para essa comissão. O primeiro queria a de Meio Ambiente e Reis, que é da área de educação e foi presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-Minas), queria ir para a de Educação. Essa foi a comissão que a Mesa recebeu mais pedidos, seis, para três vagas. Algumas entidades ligadas à área protocolaram ontem um pedido formal ao presidente para que o vereador Gilson Reis assuma uma cadeira na comissão..

Quem ficou com ela foram os vereadores Pelé do Volei (PtdoB), do grupo do Léo Burguês, Arnaldo Godoy e Ronaldo Gontijo. Já na Comissão de Meio Ambiente, a que Caixeta queria, que tem maior importância política, foram nomeados três vereadores que votaram em Burguês: Autair Gomes, Iran Barbosa e Elaine Matozinhos, que deve assumir a presidência. Nas cinco vagas da comissão de Desenvolvimento, o presidente da Casa colocou quatro aliados, com exceção de Silvinho Rezende. Com isso, o grupo deve garantir a eleição do vereador Preto para a presidência. Já a de Administração deve ser comandada por Juninho (PT) e a da Saúde, Bim da Ambulância.

Polêmica

Informações de bastidores dão conta de que os outros membros da Mesa Diretora não ficaram satisfeitos com o fato de Léo Burguês ter ido sozinho, na quarta-feira, em uma reunião com o prefeito Marcio Lacerda (PSB). “Nós tememos a possibilidade dele ter comprometido a autonomia da Mesa”, ressaltou um integrante. Se o discurso de Burguês era o de independência, na frente do prefeito foi de aproximação. O tucano disse ontem não ter recebido reclamações dos colegas.

 


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