A Justiça Federal condenou o senador Ivo Cassol (PP-RO) por improbidade administrativa e ainda cassou seus direitos políticos por cinco anos, informou o Ministério Público Federal (MPF) de Rondônia. Por intermédio de sua assessoria, Cassol disse que vai recorrer da decisão.
De acordo com o MPF, em 2006 foi desvendado um caso de compra de votos que beneficiaria Cassol, além do ex-senador Expedito Júnior (PR), cassado anteriormente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e de policiais.
A investigação, informou o Ministério Público, gerou várias ações eleitorais, mas as testemunhas que prestaram depoimento acabaram sendo vítimas de constrangimentos e ameaças, sendo cinco delas até incluídas em programa de proteção à testemunha. Ainda conforme o MPF, o assédio ilegal foi ordenado por Ivo Cassol, que à época governava de Rondônia.
Em 2008 a Justiça Federal chegou a sentenciar o então governador à prisão, mas ele fugiu do Estado enquanto aguardava o julgamento de um habeas corpus. Para as denúncias de ameaças às testemunhas até um inquérito policial fajuto foi aberto, denunciou o MPF. Cassol e os policiais foram então processados criminalmente pela Procuradoria-Geral da República.