Em uma ação de pragmatismo político, o tucano Geraldo Alckmin e o petista Fernando Haddad deflagram nesta semana o primeiro passo para fortalecerem as parcerias entre o governo de São Paulo e a prefeitura. O pano de fundo é a eleição de 2014, quando PT e PSDB voltarão a se enfrentar na disputa pelo comando do Estado.
Cientes de que o PT vai querer mostrar a capital como exemplo de administração do partido em 2014, quando Alckmin tentará se reeleger, os tucanos querem colocar “o pé na porta” e fortalecer o discurso de que viabilizaram a implementação das políticas públicas no maior e mais importante colégio eleitoral do Estado. Também exibirão as parcerias como cartão de visitas na eleição.
A parceria entre governo do Estado e Prefeitura passou a ser esboçada depois que secretários de Haddad começaram a procurar empresas estaduais. Alckmin procurou o prefeito e resolveram dar formato institucional aos contatos, além de criar a agenda comum que passou a ser trabalhada pelos secretários estadual da Casa Civil, Edson Aparecido, e municipal de Governo, Antonio Donato.
Nesta segunda-feira os dois se encontram novamente para traçar as linhas gerais do anúncio que Alckmin e Haddad farão nesta terça-feira. A ideia é chegar a um número final de investimentos e repasses do governo do Estado para a cidade - secretários dos dois lados tiveram reuniões para fechar a agenda comum. Em algumas áreas a Prefeitura quer recursos do Estado, como na construção de creches. Há também temas delicados, que ainda não estão na agenda oficial: ação na cracolândia e integração do Bilhete Único Mensal.