Brasília – Os advogados do Congresso Nacional informaram nessa terça-feira, em ofício encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que não houve omissão das Casas legislativas no tratamento das novas regras do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE). Em 2010, o STF decidiu que as regras vigentes desde 1989 eram ilegais, determinando a aprovação de lei complementar com novos parâmetros até o final do ano passado, o que não ocorreu.
Leia Mais
STF cobra do Congresso explicações sobre a demora na aprovação das novas regras do FPECongresso critica STF e pede tempo para votar FPELewandowski dá cinco dias para Congresso explicar omissão sobre FPESupremo Tribunal Federal mantém repasses da União aos estadosIdeli admite ser delicada situação de repasse do Fundo de Participação dos EstadosAnastasia e mais três governadores defendem regras atuais do FPEIdeli diz que governo espera 'ansioso' por acordo sobre FPEIdeli diz que governo espera acordo sobre Fundo de Participação dos EstadosNa resposta encaminhada hoje à Suprema Corte, os advogados do Congresso Nacional informam que não houve omissão do Legislativo porque há vários projetos de lei sobre o FPE em tramitação na Casa. Segundo os representantes do Congresso, o STF não pode interferir quando os projetos tramitam em ritmo regular, cabendo apenas a notificação sobre a omissão.
Os advogados também criticam o prazo estipulado pela Suprema Corte para a apreciação de uma questão considerada complexa e “politicamente sensível, revelando um verdadeiro embate entre estados, Distrito Federal e municípios”. Outro ponto levantado é que o pedido dos quatro estados ao STF é desnecessário, pois os pagamentos conforme a regra antiga continuam sendo feitos com base em entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU) enquanto a nova legislação não é aprovada.