Proporcionalmente, o ITBI foi o imposto que mais cresceu a partir de 2004, quando representava apenas R$ 63,17 milhões – 6,09% do conjunto das receitas próprias municipais. Nos últimos oito anos, o tributo teve incremento nominal de 390%, saltando para algo próximo a R$ 309 milhões, o equivalente a 14,6% das receitas próprias da capital mineira, de R$ 2,675 bilhões em 2012. “O Sistema de Arrecadação Tributária (Siato) faz a classificação dos imóveis pela região e pelo padrão de construção, facilitando o trabalho da fiscalização no momento de avaliar o valor estimado da venda e do ITBI a ser recolhido”, afirma Grego.
Já a evolução do IPTU registra, entre 2004 e 2012, um crescimento de R$ 282,3 milhões para R$ 696 milhões. Entretanto, a participação desse imposto no conjunto das receitas próprias teve uma oscilação negativa, caindo de 27,22% em 2004 para 26,1% no ano passado.
À medida que a população cresce e se tornam mais complexos os problemas e as demandas de Belo Horizonte, são necessários mais investimentos. “O esforço de arrecadação tem um só propósito: melhorar a qualidade de vida da população com novos projetos”, considera Grego. Segundo ele, no orçamento de 2013, estão previstos investimentos da ordem de R$ 597 milhões na cidade, com recursos do Tesouro municipal. Só as obras de manutenção – reformas de praça, de pisos, restauração de pavimentos, recapeamento – deverão consumir recursos da ordem de R$ 171 milhões. A urbanização de vilas e favelas, outros R$ 171 milhões. Há 42 Unidades de Ensino Infantil (Umeis) em obra, que deverão receber R$ 58 milhões. A Prefeitura de Belo Horizonte deverá ainda dar contrapartida nas obras do BRT, da Via 2010, além de fazer as desapropriações da nova rodoviária, no Bairro São Gabriel.