Não só o PSDB da capital saiu “rachado” - como afirmaram seus integrantes à época -, após a reeleição de Léo Burguês (PSDB) para a presidência da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). O PPS também sofreu com dissidências entre seus parlamentares, mesmo o partido tendo dois vereadores na Casa - o ex-líder do governo, Ronaldo Gontijo, e o recém chegado, Valdivino. O novato desobedeceu à orientação do partido que apoiava a “renovação da direção do Legislativo Municipal” por causa de desavenças pessoais com um dos indicados da base para o cargo. Como ele foi o último a votar, acabou dando o voto que decidiu o pleito a favor de Burguês. A postura, segundo Ronaldo Gontijo, causou “constrangimento” no partido que apoiava o indicado do prefeito Marcio Lacerda (PSB).
Conforme Gontijo, logo após o episódio, o vereador foi convocado para uma reunião onde “recebeu as críticas necessárias” e ficou alinhada a postura do partido diante dos temas tratados na Câmara. Sobre a questão, Gontijo ainda afirmou que, conforme resolução interna do PPS, os assuntos e as discordâncias serão tratados internamente e que as decisões e a postura definidas serão de “encaminhamento obrigatório”.
A reportagem do em.com.br tentou falar com o vereador Valdivino, mas ele não atendeu as ligações e não foi encontrado no gabinete.
Indefinição
A falta de definição de Lacerda sobre a equipe de governo e o novo nome para ser o líder do governo na Câmara tem incomodado os vereadores e o partido. O ex-líde do Executivo na Casa, Ronaldo Gontijo (PPS), disse que a situação acaba, de certa forma, atrapalhando o trabalho dos vereadores. “Falta definição do governo. Hoje já é dia 24 e até agora não se sabe se vai haver mudança na administração, não se sabem quem vai ser o líder do governo”, comentou. Gontijo foi o indicado do partido para assumir a Secretaria Municipal de Educação.
Conforme o Jornal Estado de Minas noticiou nesta quinta-feira, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) decidiu retomar o uso de testes psicológicos para avaliar as indicações feitas por aliados para cargos no governo municipal. A estratégia, colocada em prática no primeiro mandato do prefeito, em 2008, não seria repetida no segundo depois de reclamações feitas por correligionários. Lacerda, no entanto, decidiu pedir novamente aos candidatos a cargos que façam a prova.