O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse na tarde desta sexta-feira que esta é uma semana "paradigmática" para São Paulo não somente por causa do aniversário da cidade, hoje, mas porque, segundo ele, marca a celebração de vários entendimentos com os governos federal e estadual. "Esta semana tem por trás um gesto simbólico sobre como pretendemos governar São Paulo. É paradigmática. Independentemente da bandeira partidária, vamos trabalhar em conjunto com outros entes da federação", afirmou, destacando as parcerias fechadas com o governo do Estado em áreas como educação e habitação.
Sobre o projeto da Nova Luz, no centro da cidade, o prefeito disse que "o original do ponto de vista econômico-financeiro não se sustenta como concessão urbanística". "Portanto, pode não ser viável sem a fonte de recursos", observou. De acordo com o prefeito, a prefeitura negocia parceria com a Casa Paulista, do governo do Estado, para encontrar uma forma de ocupação do centro "via PPP (Parceria Público-Privada)". "E sem desprezar os aspectos urbanísticos imaginados pelos mentores do projeto", declarou.
As declarações foram dadas no início da tarde, após a cerimônia de entrega da Medalha 25 de Janeiro em homenagem a Oscar Niemeyer, morto em 2012, entregue à viúva do arquiteto, Vera Lúcia Niemeyer. O evento foi realizado na sede de Prefeitura.
Pela manhã, a participação do prefeito nos atos comemorativos dos 459 anos da cidade começou às 8 horas no Pátio do Colégio com a deposição de flores no monumento de fundação da cidade de São Paulo. Na sequência, Haddad, a primeira-dama Ana Estela e dois de seus filhos seguiram para a catedral da Sé para missa em celebração ao aniversário da capital, celebrada pelo arcebispo Dom Odilo Scherer.
Na missa, estiveram presentes também o governador Geraldo Alckmin, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP), entre outras personalidades, como o técnico do Corinthians, Tite, acompanhado da esposa e da filha. Do lado de fora da catedral, manifestantes de diversos movimentos e entidades de classe, como a de policiais aposentados do Estado, protestavam contra o governador, que foi vaiado ao sair da catedral.