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Sem orçamento aprovado pelo Congresso, governo libera R$ 3 bi em créditos especiaisDEM e PSDB questionam no STF Medida Provisória sobre orçamentoHenrique Eduardo Alves promete lutar pelo orçamento impositivoDeputados retornam ao trabalho evitando assuntos polêmicos na ALMGSuplentes assumem vagas de deputados na Assembleia de MG, no lugar de prefeitos eleitos Deputados de MG retornam ao trabalho hoje, mas votações só na terça-feira que vemO orçamento executado em 2012 foi 8,9% maior do que o que o aprovado inicialmente. No decorrer do ano, no entanto, ele chegou a ser aumentado em 27%. Em dezembro de 2011, os deputados estaduais aprovaram um Orçamento de R$ 57.901.038.668, mas no decorrer de 2012 foram suplementados R$ 15.656.709.595,77, passando esse valor para R$ 73.557.748.263,77. No entanto, só foi executado um terço, ou seja, dos créditos adicionais, o Orçamento real só levou R$ 5,2 bilhões, passando a um total de gastos realizados de R$ 63.103.037.984,13.
Segundo o subsecretário de Planejamento, Orçamento e Qualidade do Gasto, André Reis, as variações do Orçamento são naturais e um dos motivos para que elas ocorram é que a estimativa de receita é feita entre julho e agosto do ano anterior em que ele será praticado. “A gente tenta ser mais conservador nessa hora porque senão corre o risco de, sendo muito otimista, começar programas e fazer planos de gastos para um dinheiro que não virá.”
Outras operações que “inflam” o Orçamento, segundo o subsecretário, vem da relação de transferências do governo federal. Ocorrem “sobras” por causa de verbas que chegam muito em cima da hora e acabam sendo transferidas para o próximo exercício. De acordo com André Reis, essas diferenças não trazem qualquer prejuízo. “No fim das contas o que importa é se a receita arrecadada é menor que a despesa empenhada. E isso tem sido feito.”
O presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembleia, deputado Zé Maia (PSDB), reforçou a posição do Executivo. Segundo ele, o Orçamento é uma “estimativa” e era mais difícil ainda acertar no período inflacionário. “Essas diferenças são plausíveis e não há prejuízo para ninguém. Pode ter uma receita maior ou menor do que a prevista porque o Orçamento é feito um ano antes. Tem que ter uma pontaria muito boa para poder acertar”, afirmou. Nos últimos 10 anos, as despesas realizadas em Minas Gerais saltaram de R$ 19.913.720.797 para R$ 63.103.037.984,13, uma diferença de 216,8%.