O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), reagiu com cautela às críticas do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, à aliança de seu partido com o PT da presidente Dilma Rousseff. Raupp argumentou que hoje o PMDB, segundo pesquisas de opinião, ocupa o segundo lugar na preferência do eleitorado brasileiro, atrás apenas do PT, detendo o maior número de senadores e prefeitos eleitos.
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Eduardo Campos questiona aliança entre PT e PMDBDeputado do PSB critica 'hegemonia' do PMDBPMDB sonha com a hegemonia no CongressoPMDB tenta se blindar contra crescimento de Eduardo CamposPT de SP descarta abrir mão de candidatura a governador por aliança nacionalEduardo Campos dirá ao ex-presidente Lula que será candidato em 2014Governador de Pernambuco aproveita eleição no Senado para enfrentar PMDBPMDB no Senado decide na quinta-feira o candidato à presidência da Casa e à liderançaDizendo não querer polemizar com Campos, o presidente do PMDB não quis ainda comentar uma eventual candidatura do governador de Pernambuco à sucessão de Dilma. Raupp garantiu, no entanto, a legenda lançará candidato próprio à presidência da República em 2018. Para 2014, a ideia é manter a aliança com o PT, com o vice-presidente da República, Michel Temer (SP). "O Eduardo Campos é um grande líder; é uma liderança emergente. Mas a gente não quer polemizar com ele", observou.
Enquanto externamente o comportamento é contemporizar e não bater em Campos, internamente a cúpula do partido analisou as declarações do pernambucano como uma tentativa de tomar o lugar do PMDB na aliança em torno da presidente Dilma. A avaliação é que Eduardo Campos estaria de olho na vaga de vice-presidente.
"Até hoje achávamos que ele (Campos) era candidato à presidência da República no ano que vem. Agora começamos achar que ele quer é mesmo ser candidato à vice-presidente", resumiu um peemedebista.