O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), declarou "achar estranho" a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) às vésperas para a eleição do novo presidente do Senado. Calheiros, que é candidato à Presidência do Senado, foi denunciado pelo Ministério Público por suposto uso de notas frias em prestação de contas, em caso que corre no Supremo Tribunal Federal (STF).
"Não encontramos nenhuma prova de irregularidade nas acusações contra ele (Calheiros). Por ser o maior partido no Senado, o PMDB tem a prerrogativa de indicar o nome para presidir a Casa. No entanto, os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT) pretendem disputar o cargo na eleição que acontecerá na próxima sexta-feira (01). Renan é o único nome do PMDB na disputa", disse Raupp.
A bancada do PMDB no Senado vai se reunir a quinta-feira à tarde para indicar oficialmente o nome de Renan para o cargo. Também na quinta-feira a bancada deverá escolher um novo líder no Senado. Estão em disputa os senadores Eunício Oliveira (CE) e Romero Jucá (RR).
Raupp disse acreditar "no consenso e no bom senso" para a escolha do líder. Renan Calheiros, Romero Jucá e Eunício Oliveira discutiram hoje a sucessão na bancada junto com o vice-presidente da República e presidente licenciado do PMDB, Michel Temer, na residência do presidente do Senado, José Sarney após almoço de confraternização. Sarney reuniu senadores, Temer e a ministra da Cultura, Marta Suplicy (que já ocupou o cargo de vice-presidente do Senado) em um almoço em homenagem ao presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS). Assim como Sarney, Marco Maia deixa a presidência da Câmara nos próximos dias. A eleição da Câmara está marcada para a próxima segunda-feira (4).