A candidatura de Renan Calheiros para a presidência do Senado enfrenta problemas. Além de ter sido denunciado, na semana passada, ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, sob acusação de ter apresentado notas frias para justificar seu patrimônio, ele começa a ter dificuldades também com os partidos aliados. Quatro senadores do PSB – partido que integra a coligação de legendas que apoiam o governo federal, que tem Michel Temer (PMDB) como vice-presidente -, divulgaram uma nota em que criticam o processo de escolha da presidência do Senado. No manifesto, os parlamentares afirmam que é momento de “recuperar a credibilidade” com a escolha de um candidato que “esteja associado, perante a opinião pública, a esse ideal de renovação”.
A senadora disse ainda que não vê possibilidade de o partido apoiar a candidatura de Renan Calheiros (PMDB-AL); todavia, se o PMDB apresentar outro nome, seria um caso a ser avaliado. “Achamos que neste processo o nome de Renan complica mais ainda, porque há claramente denúncias e acusações que pesam sobre a candidatura dele. À medida que ele não se coloca como candidato, não se pode discutir isso abertamente”, lamentou.
Além de Lídice, outros senadores socialistas Rodrigo Rollemberg (DF), Antônio Carlos Valadares (SE) e João Capiberibe (AP) também assinaram o documento. “O que a sociedade espera de nós, muito além de uma necessária autocrítica, é um compromisso firme com a ética e com a continuidade do processo de transformação do Brasil em uma nação justa e próspera. Devemos, portanto, utilizar esta oportunidade para encontrar a melhor maneira de recuperar a credibilidade desta Casa”, salientaram na nota.
Apesar disso, a expectativa é que Renan Calheiros oficialize ainda nesta quarta-feira sua candidatura à presidência do senado.
Com agências