Grande parte da base aliada está insegura quanto ao desfecho dessa negociação. Os parlamentares não gostaram da edição de uma medida provisória, no fim do ano passado, prevendo R$ 42,5 bilhões de investimentos para substituir a peça orçamentária que não foi votada pelo Congresso. A oposição questionou a MP no Supremo Tribunal Federal, e os aliados detestaram ver carimbadas como emergenciais obras que estão paradas há anos. “Temos que votar. O Orçamento não foi votado em dezembro por causa da polêmica dos vetos. Aprovamos na terça e deixamos o resto dos problemas para depois do carnaval”, afirmou o senador Delcídio Amaral (PT-MS).
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, prevê uma pauta, basicamente, federativa ao longo do ano. Muitos temas de interesse de governadores e prefeitos entrarão em discussão em 2013. Um dos principais é a necessidade de criação das regras para o Fundo de Participação dos Estados (FPE). A matéria deveria ter sido definida pelo Congresso ano passado. O governo continuou repassando os recursos e o ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski deu um prazo de 150 dias para que seja encontrada uma saída para a questão.
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PMDB garante o comando do Senado e deve levar a Câmara, mas enfrenta disputas internas Depois do recesso parlamentar, Congresso Nacional volta a trabalhar nesta segunda-feiraPlanalto já calcula o preço a pagar ao fortalecido PMDBFestas e futebol ajudam a definir novo presidente da CâmaraREFORMA O governo também pretende encaminhar ao Congresso uma variedade maior de desonerações tributárias. Durante café da manhã com jornalistas no fim de 2012, a presidente Dilma Rousseff afirmou que a experiência passada mostrou que não valia a pena mandar uma reforma tributária ampla e geral, pois o projeto acabava se perdendo ou travando ao longo da tramitação. Por isso, o governo adotou a tática de mandar propostas pontuais. A expectativa é de mudanças nas regras do PIS-Cofins nos próximos meses. O Planalto procura não se preocupar em excesso com o biênio no qual o parlamento estará completamente nas mãos do PMDB.