O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), aproveitou seu último discurso antes da eleição para a Mesa Diretora da Casa, na manhã desta segunda-feira, para fazer uma veemente defesa do trabalho dos deputados federais, criticar a cobertura da imprensa e as "interpretações circunstanciais" da Constituição feitas pelo Poder Judiciário. Maia fez questão de enumerar uma série de propostas aprovadas na Casa nos dois últimos anos, como a política de reajuste do salário mínimo e a chamada PEC das Empregadas, para mostrar que a Casa está "sintonizada com o projeto de construção de um País mais justo, social e economicamente desenvolvido".
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O presidente da Câmara questionou a competência do STF de decretar a perda de mandato dos deputados condenados no processo do mensalão. Para o petista, ao contrário da decisão do Supremo, somente por meio de um processo de quebra de decoro os parlamentares podem ter os mandatos cassados.
Marco Maia fez uma série de agradecimentos no seu discurso. Homenageou a presidente Dilma Rousseff pela "postura respeitosa" que teve para com ele e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelos "conselhos importantes" que lhe deu. Ele agradeceu os ex-presidentes do Supremo Carlos Ayres Britto e Cezar Peluso, mas não fez menção ao atual comandante do tribunal, Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão.