O novo presidente do Congresso e do Senado citou a votação da mudança do indexador das dívidas dos Estados e dos municípios e das novas regras de rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal como matérias importantes a serem apreciadas este ano. O peemedebista também destacou que, para o País ter "assento entre as grandes nações", é preciso aprovar as reformas tributária e política. Na última proposta, ele defendeu a adoção do financiamento público das campanhas políticas.
Num discurso em que buscou desanuviar o ambiente político, o presidente do Congresso disse que o parlamento brasileiro deve ajudar nas "vacinas" contra a "epidemia global", numa referência à crise econômica que atinge nações desenvolvidas. Ao lado do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, e da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que representou a presidente Dilma Rousseff, ele afirmou que os poderes são independentes e seus integrantes têm ajudado a construir um "Brasil muito melhor".
"Não podemos, não devemos e nem temos como admitir a redução da potencialidade de um país e nem comprometer as futuras gerações com erros políticos", disse. "A união de todos para o bem comum é um compromisso de todos os brasileiros", declarou ele, ao declarar que é preciso "trabalhar muito para atenuar os efeitos da crise e deixar as miudezas para os pequenos".
Renan Calheiros reafirmou que vai procurar nesta semana o presidente eleito da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para discutir, entre outras ideias, a votação proposta que altera o rito de tramitação das medidas provisórias. Ele também quer debater a aprovação e a execução do orçamento e uma forma de apreciação dos mais de 3 mil vetos presidenciais que trancam a pauta do Congresso.