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Estado de Minas

Mensaleiros apostam em apoio do novo presidente da Câmara


postado em 05/02/2013 06:00 / atualizado em 05/02/2013 06:42

Nem quando era candidato nem agora, eleito presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) se deu ao trabalho de explicar o que fará caso seja responsável pela decisão sobre a perda de mandato dos quatro deputados condenados no julgamento do mensalão. A pergunta, repetida nessa segunda-feira, assim que Alves assumiu o cargo, foi solenemente ignorada mais uma vez. Entre os réus, no entanto, a posição de Henrique não é segredo: durante as negociações da campanha, o peemedebista ganhou o voto da maioria dos petistas ao prometer que defenderia a prerrogativa do Parlamento de dar a última palavra sobre o assunto.

O primeiro a manifestar tranquilidade foi João Paulo Cunha (PT-SP), condenado a nove anos de cadeia por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Pouco antes do resultado da eleição de Henrique Alves, o réu na Ação Penal 470 disse acreditar que o peemedebista levaria ao plenário a decisão sobre perda de mandato dos parlamentares condenados – além de Cunha, integram a lista José Genoino (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT), todos presentes na votação de ontem. “O princípio que deve nortear a Presidência da Câmara é o cumprimento da Constituição. Henrique Eduardo Alves vai ter base para dizer sim ou não de acordo com o texto constitucional, e acho que essa vai ser a posição dele”, afirmou João Paulo Cunha.

Confiante na posição do novo presidente e no apoio dos dois petistas que integram a Mesa Diretora – André Vargas (PR) e Biffi (MS) –, Cunha disse não ter receio de perder o mandato, pois “não nasceu deputado”, e acredita haver “um longo período para percorrer no próprio Supremo”. “Depende muito da ansiedade dos ministros. Há mais de 2 mil acórdãos pendentes. Se eles adotarem o mesmo critério que pediram para ser usado na análise dos vetos presidenciais – a ordem cronológica –, vai demorar um pouco mais”, comparou, fazendo referência à decisão do ministro do STF Luiz Fux que obrigou o Congresso a votar cronologicamente os mais de 3 mil vetos presidenciais à espera da análise do Parlamento.


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