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Ministério Público investiga contratações irregulares na Câmara de BHTem lugar para todo mundo na Câmara de BHVereadores de BH retornam ao trabalho hoje negociando cargosVereadores de BH querem dar festas sem pagar taxas por uso de ruas e praçasBarraco armado na Câmara de BH; vereadores não se entendemNa reunião de ontem ficou evidente a queda de braço, e vereadores que não eram membros da comissão tumultuaram a sessão. De um lado, o grupo de Lacerda, liderado pelo vereador Preto (DEM) – que era ligado à Mesa até ser nomeado líder de governo. Do outro, os vereadores Wellington Magalhães (PTN) e Iran Barbosa (PMDB), que defendiam o cumprimento do acordo: a eleição de Juninho.
Interinamente quem estava presidindo a reunião era o vereador mais votado, também aliado do governo, Bispo Fernando Luiz (PSB). Foi uma hora de discussão. A sessão teve de ser interrompida, mas o intervalo de nada adiantou. Em meio aos gritos dos vereadores, o professor Wendell foi eleito com quatro votos favoráveis: do Bispo Fernandes, do Dr. Sandro, de Juninho Los Hermanos e o dele mesmo.
Em jogo, estava o poder de uma comissão importante por ser responsável por todos os projetos que dizem respeito à administração pública. O grupo de Wellington Magalhães já tinha conquistado as outras duas comissões também importantes: de Legislação e Justiça – o vereador eleito foi Marcelo Álvaro Antônio (PRP) – e a de Meio Ambiente e Política Urbana – dirigida pela vereadora Elaine Matozinhos (PTB).
Durante toda a confusão o regimento interno da Casa foi questionado pelos vereadores dos dois lados, esquentando a briga. Para Preto, o vereador Iran Barbosa tumultuou a sessão. “Sem nem ser membro dela”, criticou. “Foi um absurdo o que ele fez”, ressaltou, referindo-se às interrupções do parlamentar para ter direito a fala. Já Iran, acusou Preto de ter influenciado o presidente da sessão, “a mando do prefeito”. “Ele ficou o tempo todo falando com o presidente o que ele tinha de fazer”, acrescentou o peemedebista que garantiu que vai entrar com um pedido na Casa para cancelar a votação.
Microfone
Além da troca de agressões verbais entre os vereadores, por diversas vezes o microfone foi desligado a pedido de Bispo Fernando impedindo os vereadores aliados a Juninho de falar. Iran Barbosa, do outro lado, chegou a tirar o microfone da mão do presidente. Mas não foram só Iran, Preto e Bispo Fernandes que roubaram a cena ontem. Os vereadores Wellington Magalhães (PTN) – que apoiou Juninho – e Bruno Miranda (PDT), que defendia o nome do professor Wendell, também chamaram a atenção com uma briga que quase acabou “no tapa”.
Com os ânimos exaltados os vereadores continuaram a lavar a roupa suja em plenário. “Na democracia tem debate, respeito”, ressaltou Tarcísio Caixeta que relembrou o dia da votação da direção da Mesa, quando Léo Burguês colocou a presidência em votação rapidamente. “Dois vereadores, Adriano Ventura (PT) e Alexandre Gomes (PSB) não tiveram a chance de votar”, cutucou. Léo Burguês tentou se explicar, mas Caixeta afirmou: “não estou pedindo explicação” e acabou tendo o microfone cortado pelo presidente. Sem projetos na pauta, a reunião foi encerrada às 15h50, depois de Caixeta ter pedido a verificação de quórum. Léo Burguês depois da sessão brincou com Preto: “É você ou o Caixeta o líder de governo?”, ironizando a atitude do petista.