Jornal Estado de Minas

Com aval de FHC, Alckmin tenta levar Serra para assumir secretaria no governo de SP

Agência Estado

O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) está cotado para assumir uma secretaria no governo de Geraldo Alckmin (PSDB). A pasta de Desenvolvimento Econômico está entre os destinos mais prováveis, caso o tucano tenha interesse em ingressar na equipe, mas não estão descartadas secretarias de áreas sociais. Interlocutores de Alckmin chegaram a sondar o tucano na última semana sobre o ingresso no governo, mas ainda não receberam sinalização positiva.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que se encontrou com o ex-governador na semana passada, é entusiasta da ideia, a qual também passou a defender nos bastidores. O ex-governador Alberto Goldman e o senador Aloysio Nunes Ferreira, aliados de Serra, estiveram com Alckmin no Palácio dos Bandeirantes recentemente para discutir o PSDB e falar sobre os cenários envolvendo Serra.

Para Alckmin, o ideal é a pasta do Desenvolvimento Econômico, apontada por aliados como o órgão com mais “estatura” para um ex-governador. Com orçamento de R$ 12,9 bilhões, coordena o Centro Paula Souza, responsável pelo ensino técnico.

A secretaria, porém, é considerada uma pasta enfraquecida. A joia da coroa é o Paula Souza, mas a direção do centro tem autonomia e despacha diretamente com o governador. Alckmin a ocupou em 2009, após ser convidado por Serra, então governador, num movimento pela unidade partidária. O PSDB estava rachado entre o grupo de Alckmin, que havia perdido a eleição municipal de 2008, e o do então governador, que apoiara a reeleição de Gilberto Kassab, pelo DEM.

Aliados do ex-governador fizeram chegar ao Palácio dos Bandeirantes que a Secretaria de Saúde também seria um destino de interesse. No começo do ano, Alckmin negou ter feito convite para Serra ingressar no órgão.

Um eventual ingresso de Serra no governo estadual poderia ajudá-lo numa candidatura ao Senado, apontam tucanos. Também é interessante a Alckmin, que busca unidade entre os tucanos paulistas na discussão sobre a formação da nova direção nacional do PSDB, liderada pelo senador Aécio Neves (MG).