"É importante mobilizarmos todos os esforços para nós votarmos as novas regras do FPE. Vamos fazer isso mas, primeiro, é preciso resolver a votação do orçamento. Essa é a prioridade", afirmou o presidente do Senado.
Havia o risco de os repasses serem completamente suspensos. Respaldado em um parecer do Tribunal de Contas da União, o governo federal depositou recentemente a primeira parcela do fundo com base nos critérios de distribuição do ano passado. Diante do impasse, os Estados da Bahia, Maranhão, Minas Gerais e Pernambuco recorreram ao STF cobrando a manutenção da atual fórmula de rateio. Ricardo Lewandowski deu mais cinco meses de prazo ao Congresso para apreciar a matéria.
Para Renan Calheiros, não há empecilho para se apreciar o orçamento. Ele disse que está "claro" na decisão do ministro Luiz Fux, do STF, de que os 3 mil vetos presidenciais que estão na pauta do Senado não precisam ser votados antes da peça orçamentária. O presidente do Senado e do Congresso disse que o "óbice" ontem foi "a oposição que não queria votar".
Desde terça, parlamentares do Democratas e do PSDB passaram a sustentar a posição de que nenhuma proposta pode ser votada antes dos vetos presidenciais. Mas a votação não foi levada adiante porque, em parte, integrantes da base aliada, insatisfeitos com a baixa liberação de recursos de emendas parlamentares, estão nos bastidores criando resistências para votar o orçamento.