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Estado de Minas

Barraco armado na Câmara de BH; vereadores não se entendem

Dois parlamentares podem ser denunciados por quebra de decoro


postado em 07/02/2013 06:00 / atualizado em 07/02/2013 07:20

A guerra na Câmara Municipal de Belo Horizonte foi declarada. Com quatro dias de trabalho, o novo corregedor da Casa, vereador Autair Gomes (PSC), já tem em mãos duas representações para verificação de quebra de decoro parlamentar: uma contra o vereador Iran Barbosa (PMDB), protocolada pela bancada do PSB, partido do prefeito Marcio Lacerda; a outra contra o líder de governo, vereador Preto (DEM), protocolada pelo grupo do presidente e vice-presidente da Casa, vereadores Léo Burguês (PSDB), e Wellington Magalhães (PTN). Um dia depois de os parlamentares terem se engalfinhado por causa da direção da Comissão de Administração Pública, a baixaria continuou nessa quarta-feira.

Os vereadores começaram os trabalhos na sexta-feira e o debate a respeito de problemas da cidade não passou perto do plenário. O vereador Alexandre Gomes (PSB) já pediu para ser expulso do seu partido; vereadores quase “saíram no tapa” pela presidência da Comissão de Administração Pública; Léo Burguês (PSDB) e Tarcísio Caixeta (PT) bateram boca em plenário por causa da forma como foi presidida a votação da Mesa Diretora; e ontem Preto e Iran continuaram a discussão iniciada na terça-feira. A briga entre os dois começou em plenário, logo depois de encerrada a sessão, que durou apenas sete minutos. A discussão continuou na Casa da Dinda – espaço dentro do plenário usado pelos vereadores para articular projetos e lanchar.

Da Sala de Imprensa, separada da Casa da Dinda por uma parede, dava para ouvir os gritos, tapas na mesa, palavrões e agressões pessoais trocadas entre os vereadores. E sobrou até para a imprensa, que foi impedida pelo diretor do Legislativo interino da Casa, Frederico Arrieiro, de ficar na sala reservada aos jornalistas. “Jornalista não trabalha ouvindo da parede”, disse aos repórteres.

A discussão entre Iran e Preto começou por causa da representação feita pelo grupo do prefeito contra Iran Barbosa na Corregedoria da Casa. “Se o prefeito não se posicionar contra esse tipo de manobra ele vai se arrepender”, ameaçou Iran. Eles pediram que fosse apurada a possível quebra de decoro parlamentar do peemedebista, que durante a reunião da comissão tomou o microfone das mãos do presidente em exercício, Bispo Fernando Luiz (PSB). Eles também pediram a apuração de “possíveis agressões entre os vereadores Wellington Magalhães e Bruno Miranda (PDT) e o possível uso de funcionários na tentativa de tumultuar e prejudicar os trabalhos da comissão”.

Em resposta, o grupo contrário entrou com uma representação na corregedoria contra o vereador Preto (DEM) para que seja apurada também se houve quebra de decoro parlamentar, devido às acusações pessoais feitas por Preto a Iran durante a briga dessa quarta-feira. A quebra de decoro parlamentar pode acarretar perda de mandato aos vereadores.


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