O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta quinta-feira que considerou "absolutamente reveladores" os novos documentos obtidos pela Comissão Nacional da Verdade, que esclareceram as circunstâncias da prisão do ex-deputado Rubens Paiva.
Segundo Fonteles, Rubens Paiva foi morto sob tortura por três agentes do Exército nos porões do DOI-Codi. Um já estaria morto e outros dois devem ser convocados para depor.
Um outro documento, o informe nº 70 do DOI-Codi, explica como o ex-deputado foi levado de casa por agentes do Cisa, órgão de inteligência da Aeronáutica. O informe foi encontrado no Arquivo Nacional, em Brasília.
"Quando foi lançada a Comissão da Verdade, havia algumas pessoas céticas de que ela pudesse apresentar algum resultado e até quem dizia que era uma comissão que não acrescentaria nada do ponto de vista de fatos que já estavam sacramentados", disse Cardozo a jornalistas, após participar de cerimônia no Ministério da Educação (MEC) em que foi assinado cooperação técnica para inclusão de presos no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
"Esse fato (as novas informações sobre Rubens Paiva) mostra que a Comissão foi bem-vinda, (foi) iniciativa importante tomada pelo governo federal e aprovada por unanimidade no Congresso Nacional. Os brasileiros não podem conviver com uma sombra na sua história, a luz do sol é muito importante para esclarecer fatos, até para que eles não se repitam", completou Cardozo.