Apesar das pressões que chegam dos vereadores e dos partidos políticos por espaço na Prefeitura de Belo Horizonte, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) disse ontem que pretende manter um equilíbrio entre as forças políticas, as suas demandas e os resultados que procura alcançar com o seu plano de governo no processo das nomeações. Em outras palavras, ele não pretende abrir mão de nomear pessoas com perfil técnico para algumas áreas que considera estratégicas para a cidade. “É preciso haver equilíbrio entre o que os partidos querem e as necessidades da administração”, afirmou.
De olho no tempo apropriado de cada cargo, o primeiro nome foi anunciado em dezembro passado. Desfalcada a área, antes comandada pelo PT, havia urgência para a indicação do comando na Secretaria de Planejamento, Orçamento e Informação. Técnico sem vinculação partidária, foi para lá o consultor de empresas Leonardo Pessoa Paolucci. Indicado pelo PSDB, o secretário adjunto da pasta também já está trabalhando. Trata-se de Thiago Toscano, que já havia trabalhado na PBH no primeiro mandato de Lacerda.
Se para a área do planejamento houve pressa, as demais nomeações de primeiro escalão só serão divulgadas no fim do mês. A maior parte delas será definida nesta segunda-feira, quando Lacerda se reunirá com Marcus Pestana, presidente estadual do PSDB, que tem mantido a interlocução entre o socialista, o senador Aécio Neves (PSDB) e o governador Antonio Anastasia (PSDB). Depois do descompasso inicial com o principal aliado, o prefeito e os tucanos acertaram o passo. A negociação é institucional e considera o peso político, do PSDB na Câmara Municipal onde, embora tenha eleito apenas três vereadores, exerce influência política sobre oito.
Em busca de governabilidade – o que se evidenciou de forma mais aguda depois da eleição para a Mesa Diretora da Câmara Municipal, quando um grupo de 21 vereadores que se intitularam “independentes” derrotaram o seu candidato –, Lacerda tenta construir uma base se respaldando nas indicações para cargos no governo. Nesse sentido, explica-se a dilatação do prazo de nomeações, que normalmente são desencadeadas na primeira semana de governo. Com a estratégia, o prefeito observa como se agrupa o poder na Casa. Em conversa com cada parlamentar, vai rachando a estrutura do grupo.
No primeiro lance, Lacerda convidou Preto (DEM), um dos formuladores do grupo para a liderança do governo, provocando a ira de seus líderes remanescentes. “O prefeito pegou o Preto do nosso grupo e levou para líder achando que ia arrebentar a gente. Não conseguiu. Continuamos unidos. Ele fala que o nosso grupo é do mal. Mas agora precisa do grupo do mal para ter a base na Casa e aprovar os seus projetos”, provoca Wellington Magalhães (PTN), vice-presidente da Câmara.
Imagem
Mais comedido, mas mantendo a tensão na relação com o governo, o presidente da Casa, Leo Burguês (PSDB), afirma, após voltar a se reunir com 16 membros do grupo, que vai “punir” Preto, retirando-o no Conselho Municipal de Política Urbana (Compur): “Podem oferecer o que for para esse grupo. Não existe alinhamento automático”. Apesar do discurso, Leo Burguês acena para o Executivo, considerando que não pretende pleitear qualquer cargo, mas, se lhe for solicitado, fará indicações. “O meu pleito é diferente de todos os outros. Quero o resgate da minha imagem e da Câmara. Deixei vago o que quero. Agora, qualquer um que é político quer participar da administração. Mas, como presidente, não vou dizer quero isso ou quero aquilo para ser base do governo. Até porque não quero ser base. Quero manter a Casa independente”, afirma.
Mas os vereadores se preparam para negociar diretamente com o Executivo. A lista é eclética. São pedidos arrojados, que vão de indicações dos secretários das regionais e respectivas gerências de fiscalização até cargos de maior peso, como a Presidência da Prodabel. Representante de quatro vereadores do PTdoB em primeiro mandato e do vereador Marcelo Álvaro Antônio, do PRP – legenda comanda por seu pai, Tibelindo Soares –, o deputado federal Luís Tibé se coloca como conselheiro e porta-voz: “O espaço que estamos negociando é para os nossos vereadores”, considera Tibé, que diz ser base e, lógico, assim deseja continuar.
De olho no tempo apropriado de cada cargo, o primeiro nome foi anunciado em dezembro passado. Desfalcada a área, antes comandada pelo PT, havia urgência para a indicação do comando na Secretaria de Planejamento, Orçamento e Informação. Técnico sem vinculação partidária, foi para lá o consultor de empresas Leonardo Pessoa Paolucci. Indicado pelo PSDB, o secretário adjunto da pasta também já está trabalhando. Trata-se de Thiago Toscano, que já havia trabalhado na PBH no primeiro mandato de Lacerda.
Se para a área do planejamento houve pressa, as demais nomeações de primeiro escalão só serão divulgadas no fim do mês. A maior parte delas será definida nesta segunda-feira, quando Lacerda se reunirá com Marcus Pestana, presidente estadual do PSDB, que tem mantido a interlocução entre o socialista, o senador Aécio Neves (PSDB) e o governador Antonio Anastasia (PSDB). Depois do descompasso inicial com o principal aliado, o prefeito e os tucanos acertaram o passo. A negociação é institucional e considera o peso político, do PSDB na Câmara Municipal onde, embora tenha eleito apenas três vereadores, exerce influência política sobre oito.
Em busca de governabilidade – o que se evidenciou de forma mais aguda depois da eleição para a Mesa Diretora da Câmara Municipal, quando um grupo de 21 vereadores que se intitularam “independentes” derrotaram o seu candidato –, Lacerda tenta construir uma base se respaldando nas indicações para cargos no governo. Nesse sentido, explica-se a dilatação do prazo de nomeações, que normalmente são desencadeadas na primeira semana de governo. Com a estratégia, o prefeito observa como se agrupa o poder na Casa. Em conversa com cada parlamentar, vai rachando a estrutura do grupo.
No primeiro lance, Lacerda convidou Preto (DEM), um dos formuladores do grupo para a liderança do governo, provocando a ira de seus líderes remanescentes. “O prefeito pegou o Preto do nosso grupo e levou para líder achando que ia arrebentar a gente. Não conseguiu. Continuamos unidos. Ele fala que o nosso grupo é do mal. Mas agora precisa do grupo do mal para ter a base na Casa e aprovar os seus projetos”, provoca Wellington Magalhães (PTN), vice-presidente da Câmara.
Imagem
Mais comedido, mas mantendo a tensão na relação com o governo, o presidente da Casa, Leo Burguês (PSDB), afirma, após voltar a se reunir com 16 membros do grupo, que vai “punir” Preto, retirando-o no Conselho Municipal de Política Urbana (Compur): “Podem oferecer o que for para esse grupo. Não existe alinhamento automático”. Apesar do discurso, Leo Burguês acena para o Executivo, considerando que não pretende pleitear qualquer cargo, mas, se lhe for solicitado, fará indicações. “O meu pleito é diferente de todos os outros. Quero o resgate da minha imagem e da Câmara. Deixei vago o que quero. Agora, qualquer um que é político quer participar da administração. Mas, como presidente, não vou dizer quero isso ou quero aquilo para ser base do governo. Até porque não quero ser base. Quero manter a Casa independente”, afirma.
Mas os vereadores se preparam para negociar diretamente com o Executivo. A lista é eclética. São pedidos arrojados, que vão de indicações dos secretários das regionais e respectivas gerências de fiscalização até cargos de maior peso, como a Presidência da Prodabel. Representante de quatro vereadores do PTdoB em primeiro mandato e do vereador Marcelo Álvaro Antônio, do PRP – legenda comanda por seu pai, Tibelindo Soares –, o deputado federal Luís Tibé se coloca como conselheiro e porta-voz: “O espaço que estamos negociando é para os nossos vereadores”, considera Tibé, que diz ser base e, lógico, assim deseja continuar.