Depois das férias e do carnaval prolongado, a Assembleia Legislativa e a Câmara Municipal de Belo Horizonte retornam ao trabalho em ritmo lento. Na Câmara, ainda não há projeto de lei a ser votado pelos vereadores. Já na Assembleia, as disputas pela Comissão de Segurança Pública devem ser o principal assunto ao longo da semana. De acordo com o líder do governo na casa, deputado estadual Bonifácio Mourão (PSDB), a prioridade são para os dois projetos que tratam da lei orgânica da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros.
Os dois projetos já passaram pelas comissões e estão prontos para ser votados em plenário. “Pode ser que o governo mande outro projeto hoje, mas por enquanto os mais importantes são esses”, destaca Mourão. Na semana passada, mesmo após o carnaval, a maioria dos deputados emendou a folga e não teve sessão plenária.
A expectativa dos deputados é briga pela presidência da Comissão de Segurança Pública chegue ao fim até amanhã. Estão na disputa dois policiais militares, os deputados Sargento Rodrigues (PDT) e Cabo Júlio (PMDB). Quem corre por fora é João Leite (PSDB), que espera contar com o apoio do governo para seguir no comando da comissão. Todos os três argumentam que têm direito à vaga e negociam com os outros deputados para ficar com a presidência da comissão.
Brigas
Na Câmara, apesar da falta de projetos, os vereadores têm sessão plenária marcada para às 14h30. Para a reunião de hoje, a 9ª sessão ordinária do mês, há somente cinco requerimentos, todos assinados por vereadores de oposição, pedindo informações à Prefeitura de Belo Horizonte sobre parcerias público-privadas de saúde e de educação e sobre a implementação do sistema de transporte rápido por ônibus (BRT).
A definição das presidências das comissões e as brigas internas que tomaram boa parte do tempo dos parlamentares recém-empossados este ano devem continuar. Os bate-bocas começaram depois da eleição da Mesa Diretora da Casa, que reconduziu Leo Burguês (PSDB) ao cargo de presidente. Na quinta-feira, Burguês anunciou a substituição de Preto (DEM) no Conselho Municipal de Políticas Públicas (Compur) pelo petista Juninho. Segundo informações de bastidores, a mudança foi feita porque Preto assumiu o cargo de líder do governo – ele era aliado dos integrantes da Mesa Diretora que derrotaram em 1º de janeiro o grupo apoiado pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB).