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Estado de Minas

Evento do PT pró-Dilma pode constranger apoio de aliados a outros candidatos


postado em 18/02/2013 06:00 / atualizado em 18/02/2013 08:15

Dilma estará em evento do PT visto como o início de campanha eleitoral(foto: Monique Renne/CB/D. A Press)
Dilma estará em evento do PT visto como o início de campanha eleitoral (foto: Monique Renne/CB/D. A Press)

Brasília – Um evento para comemorar os 10 anos de governo do PT na quarta-feira é considerado por aliados e até adversários como a largada da campanha reeleitoral de Dilma Rousseff em duas frentes. A primeira, é propagandear as realizações desse período. A outra, começar a constranger os integrantes da base governista que cogitem aderir a projetos alternativos. Em conversas reservadas, estrategistas ligados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Dilma consideram que, no momento em que um aliado aplaude o que vem sendo feito na gestão petista e tudo é devidamente registrado, fica mais difícil alguém da base sair desse projeto, porque estará sem discurso. E é esse jogo que começa esta semana.

Até agora, há dois potenciais adversários fora da oposição tradicional que preocupam o PT. O governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, e a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, que, no sábado, lançou as bases de seu novo partido – a Rede Sustentabilidade –, num encontro que reuniu cerca de 1,5 mil pessoas em Brasília. “Marina não nos mete medo. Nossa prioridade é reeleger a Dilma e fortalecer o PT. Quem quiser ser candidato, tudo bem. Marina não tem nada na cabeça, não tem ideologia. Eduardo Campos tem. É nosso aliado. Tem o direito de querer ser candidato. No entanto, precisa saber que o mesmo risco que corre o pau, corre o machado”, diz o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP).

O parlamentar é um dos poucos a dizer abertamente o que pensa a respeito das duas pré-candidaturas. Ele não acredita que petistas migrarão para o partido de Marina, embora muitos tenham desfilado no evento de lançamento da Rede. A aposta de Devanir, entretanto, faz sentido, porque, a esta altura do campeonato, ainda é incerto que Marina consiga vencer os entraves burocráticos para formalizar a Rede até setembro deste ano, ganhando, assim, passe livre para concorrer às eleições de 2014.

O presidente do PT de São Paulo, deputado estadual Edinho Silva, vai na mesma linha de Devanir: “Estou entre os que defendiam que havia espaço no PT para a volta de Marina, porque o debate que ela propõe, de sustentabilidade, é uma das grandes prioridades do PT atualmente. Temos que respeitar a opção dela, mas não acredito que o nosso partido perderá quadros”, avalia.

Edinho Silva sonha com a manutenção da aliança com o PSB de Eduardo Campos. “Acho difícil que haja uma ruptura entre o PT e o PSB para 2014. Vejo Eduardo Campos como um grande aliado.” O petista nega que o evento em comemoração aos 10 anos do partido no governo, marcado para quarta-feira, em São Paulo, tenha como objetivo fortalecer a legenda para fazer frente ao crescente número de rivais em potencial.

O evento de São Paulo, entretanto, será o primeiro de uma série que o partido fará Brasil afora, com destaque para a Região Nordeste, sede da primeira reunião nacional do PT este ano. O ex-presidente Lula pretende aproveitar o encontro no Ceará – governado por Cid Gomes (PSB) – para atrelar o socialista à reeleição de Dilma. A iniciativa servirá para tirar fôlego de uma pré-campanha de Eduardo Campos no plano interno.


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