Bertha Maakaroun
Depois de desistir, no ano passado, da candidatura do deputado federal Leonardo Quintão (PT) à Prefeitura de Belo Horizonte para firmar coligação com o PT, indicando o vice na chapa de Patrus Ananias, o PMDB mineiro tem expectativa de indicar nome para um ministério de Dilma Rousseff (PT). O partido considera que a sua representação na Câmara Municipal de Belo Horizonte foi prejudicada por não ter encabeçado uma chapa majoritária, o que, em tese, aumentaria a sua visibilidade e atrairia mais votos de legenda. Em 2008, o PMDB conquistou quatro cadeiras na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Quatro anos depois, quando os dois partidos também se coligaram para a eleição proporcional, apenas um vereador. O PT elegeu seis.
Para o presidente da legenda, “se o PMDB cometeu algum erro, foi não ter tido candidatura para a PBH”. Ele afirma que no ano que vem a legenda pretende ter chapa própria para concorrer ao governo de Minas. O senador Clésio Andrade, que se filiou ao PMDB no ano passado, é nome já colocado para a disputa. Como Fernando Pimentel (PT), ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, também é candidato ao Palácio Tiradentes, a estratégia dos dois partidos, aliados no plano nacional e que estão na oposição ao governo do estado em Minas, seria de tentar empurrar para o segundo turno a disputa contra o grupo político do senador Aécio Neves (PSDB). Seria uma forma de evitar a polarização e o fim da eleição no primeiro turno, como ocorreu na eleição de BH no ano passado e nos dois últimos pleitos ao governo de Minas.