Jornal Estado de Minas

Planalto quer adiar novamente a votação do Orçamento de 2013

Apesar de estar marcada para esta terça-feira a análise da peça orçamentária, Planalto quer adiar novamente a votação até que o STF se pronuncie definitivamente sobre os vetos presidenciais

Correio Braziliense
O presidente do Senado, Renan Calheiros, marcou para amanhã sessão conjunta do Congresso - Foto: Ueslei marcelino/Reuters
O Palácio do Planalto tentará nesta segunda-feira unificar posição dentro da base aliada para adiar mais uma vez a votação do Orçamento Geral da União. Líderes governistas se reúnem com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e a secretária de Relações Institucionais, ministra Ideli Salvatti, para definir uma estratégia para a votação dos mais de 3 mil vetos presidenciais que aguardam nas gavetas do Congresso por um posicionamento da Casa. Por conta do despacho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, a questão dos vetos se tornou em um obstáculo para a apreciação do Orçamento deste ano — que deveria ter sido votado até 31 de dezembro passado.

A preocupação do governo é que a votação dos vetos acabe ressuscitando batalhas em torno de temas como o fim do fator previdenciário ou a Emenda 29 — que disciplina as aplicações de recursos da União, de estados e municípios no setor de saúde. “Se os vetos aplicados a esses projetos caírem, é melhor fechar o governo”, alerta um interlocutor da presidente Dilma Rousseff. Nos cálculos do ministro da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, a queda de vetos em projetos mais sensíveis ao governo tem potencial para causar um rombo de quase R$ 1 trilhão.