Jornal Estado de Minas

Câmara dos Deputados mantém 132 apartamentos vazios no Distrito Federal

Quatro dos 18 prédios da Casa no Plano Piloto aguardam por reformas que sequer foram licitadas. Enquanto isso, são gastos R$ 7 milhões por ano em auxílio-moradia a deputados

Correio Braziliense

Enquanto gasta R$ 7 milhões por ano com o pagamento de auxílio-moradia a deputados federais que não conseguem vaga nos apartamentos funcionais, a Câmara mantém quatro dos 18 prédios de que dispõe 132 apartamentos inteiramente vazios à espera de uma possível reforma que nem data tem para começar. O valor de mercado médio de cada apartamento desocupado gira em torno de R$ 1,8 milhão. No bloco L da 202 Norte, dois apartamentos são usados como escritório, onde trabalham diariamente nove funcionários da Casa. O restante do prédio não está disponível para moradia.
A reportagem do Correio visitou o prédio em que funciona a Coordenação de Habitação da Câmara, um braço do departamento que administra os imóveis funcionais dos deputados. No bloco de fachada moderna e com boa pintura, há 24 apartamentos de, aproximadamente, 200 metros quadrados cada um. Os únicos que estão abertos ficam no terceiro andar e foram unificados para o funcionamento do escritório. Por lá, servidores da Casa cuidam de questões práticas das habitações dos parlamentares, como encaminhamento de pedidos de manutenção. Até julho do ano passado, o prédio também servia como depósito de entulho e material de construção, mas, após a prática ser denunciada, o bloco foi esvaziado.