O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, voltou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira para discutir liminar que obriga o Congresso a analisar 3 mil vetos presidenciais em ordem cronológica. Logo após audiência com o ministro Luiz Fux, autor da decisão, ele disse a jornalistas que a votação do Orçamento 2013 está vinculada a uma decisão definitiva do plenário do STF sobre os vetos.
Segundo Adams, os novos argumentos apresentados pela Advocacia-Geral da União (AGU) na semana passada, apontando os prejuízos da liminar, estão sensibilizando a Corte e permitindo que os ministros avaliem melhor o assunto. "Enquanto isso, o Orçamento deve aguardar", disse. Quanto a Fux, o advogado-geral garantiu que ele "entendeu a importância do tema e o quanto antes vai levar para apreciação [do plenário do STF]”.
No final do ano passado, Fux concedeu liminar em um mandado de segurança do deputado Alessandro Molon (PT-RJ) para bloquear a apreciação dos vetos sobre a nova lei de distribuição dos royalties do petróleo. Fux determinou que o assunto fique suspenso enquanto o Congresso não votar mais de 3 mil vetos pendentes em ordem cronológica. Segundo a Constituição, a Casa tem 30 dias para apreciar os vetos presidenciais, sob pena de trancamento da pauta, o que nunca foi respeitado.
Mais cedo no dia de hoje, Fux disse que ainda está analisando os argumentos trazidos pela AGU e que estuda se levará a questão a plenário. Ele desconversou sobre uma possível inclusão do assunto na pauta de julgamentos desta semana. O STF tem sessões às quartas e às quintas-feiras.