Subiu para 16 o número de cidades de Minas Gerais que podem ter que mudar de comando antes das próximas eleições, em 2016. O prefeito de Queluzito, na Região Central do estado, Newton Albuquerque (PMDB), foi condenado a 12 anos de prisão por fraude em licitações na primeira vez em que governou o município, entre 2005 e 2008. Cinco pessoas, entre comerciantes da cidade e funcionários da prefeitura, foram condenados a penas que vão de dois anos e seis meses a nove anos e seis meses de prisão. A decisão é de primeira instância, portanto existe a possibilidade de recurso. Se ele for preso, caberá à Câmara Municipal a abertura de processo de impeachment do prefeito.
Leia Mais
Municípios que tiveram eleição anulada farão novo pleito nos próximos meses Maioria das prefeituras do país está endividada e sem condições de receber ajudaMinistério Público cria banco de dados para fiscalizar prefeiturasPT e PMDB articulam alianças para a disputa eleitoral em 2016Começa amanhã convenções partidárias para as novas eleições em quatro cidades mineirasA denúncia foi feita pelo Ministério Público. Conforme a promotoria, o prefeito teria ainda dispensado a licitação para serviços de consultoria nas áreas de saúde, assistência social, patrimônio histórico, cultural e turismo. A empresa escolhida pelo município teria fechado contrato no valor de R$ 30 mil por 12 meses. O termo, no entanto, foi prorrogado por duas vezes e o montante subiu para R$ 109.314,00.
Compra de votos
Nas outras 15 cidades os motivos que podem levar os prefeitos a perder o cargo têm relação com as eleições de 2012. Os municípios que podem ter novo pleitos são os de Espinosa (Norte), Divinolândia de Minas (Rio Doce), Camanducaia (Sul), Santana de Cataguases (Zona da Mata), Olaria (Zona da Mata), Rochedo de Minas (Zona da Mata), Novo Oriente de Minas (Vale do Jequitinhonha), Capela Nova (Central), Romaria (Alto Paranaíba), Verdelândia (Norte), Mirabela (Norte), Água Boa (Rio Doce), Orizânia (Zona da Mata), Ibiá (Alto Paranaíba) e Piedade dos Gerais (Central).
Os prefeitos são acusados por crimes como compra de votos e inauguração de obra em período vedado pela Justiça Eleitoral. Em outras quatro cidades já foram marcadas novas eleições: Diamantina, Cachoeira Dourada, Biquinhas e São João do Paraíso.