Leia Mais
Governo federal quer revisão de passivo trabalhista de R$ 3,6 bilhões do JudiciárioPlanalto barra reajuste pedido pelo JudiciárioNelson Barbosa diz que MPs dos direitos do trabalhador estão na medida corretaSenado aprova projeto que prevê falta ao trabalho para acompanhar filho ao médicoA minuta de resolução foi apresentada no ano passado pelo conselheiro José Lúcio Munhoz, que preside a Comissão Permanente de Eficiência Operacional e Gestão de Pessoas, mas sua apreciação vem sendo postergada por sucessivos pedidos de vista. A proposta está na pauta do CNJ. Caberá ao presidente do colegiado, ministro Joaquim Barbosa, que nos últimos dias a analisava, colocá-la em votação.
Além de fixar regras para a atualização dos débitos, o novo texto visa evitar o favorecimento nos tribunais. Um dos artigos diz que, quando os recursos não forem disponíveis para extinguir todo o passivo integralmente, eles serão distribuídos, de forma proporcional, entre os beneficiários “na mesma ordem de prioridade”. Na teoria, isso impediria que um juiz ou servidor fosse beneficiado, sem critério claro, na frente de outro.
Há ainda dispositivos contra a falta de transparência no reconhecimento das dívidas, já constatada pelo TCU. Nos processos terão de constar os nomes dos beneficiários, documentos comprobatórios do direito pleiteado e a memória de cálculo usada para apurar o montante devido. “A resolução vai normatizar de vez, vai acabar com a utilização de índices pouco republicanos e estabelecer uma sistemática mais transparente”, aposta o conselheiro José Lúcio Munhoz, autor da proposta.