A ex-senadora Marina Silva negou na noite dessa segunda-feira que esteja criando um partido para concorrer às eleições de 2014. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, ela voltou a dizer que a candidatura à Presidência é apenas uma possibilidade e destacou que o registro da Rede de Sustentabilidade - partido que lançou no sábado - depende de uma “batalha jurídica”.
Perguntada se pensa em se filiar a outra legenda caso a Rede não saia do papel, ela não respondeu. “Vou insistir na ideia de que esse esforço não é puramente eleitoral. Depois de 2010, eu não fiquei só na agenda eleitoral, não fiquei na cadeira cativa de candidata.” No sábado (16), Marina afirmou que o novo partido não seria nem oposição, nem situação, nem de esquerda e nem de direita. A frase lembrou o que o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab falou ao criar o PSD. Na segunda, ao ser questionada se o novo partido seria um “PSD que não come carne”, a ex-senadora disse que já usava essa expressão desde 2010.
A ex-senadora disse que vai apostar na “transparência e visibilidade” como uma forma de evitar que fichas-sujas se filiem à nova legenda. “Que o processo de depuração seja feito pelo constrangimento ético daqueles que não estão de acordo com esse tipo de procedimento.”. Para Marina, quem não for ficha limpa será um “corpo estranho” dentro do novo partido. “Não vai ser a Marina colocando gente para fora e para dentro. Vai ser a própria Rede que vai se encarregar de fazer a rejeição desse organismo.