A presidente Dilma Rousseff participou nesta terça-feira de evento para anúncio da ampliação do Programa Brasil sem Miséria , que pretende tirar 2,5 milhões de famílias da miséria. Durante discurso, a presidente disse que a partir desse programa o país está "virando uma página decisiva na longa história de exclusão social". E destacou que outras páginas precisam ser viradas, como a do acesso ao emprego.
A estimativa do governo federal é que 2,5 milhões de famílias cadastradas no Bolsa Família vão receber complemento para alcançar a renda mínima de R$ 70 por pessoa, considerado o patamar que supera a linha da extrema pobreza. A partir de março, quando passarão a receber o benefício, nenhuma família cadastrada estará abaixo dessa linha.
Segundo Dilma, a superação da miséria não se faz só por meio da renda, mas é preciso enfrentar outras faces, levando cidadania e oportunidades. "Nosso desafio é garantir escola em tempo integral, alfabetização na idade certa, creches", destacou.
"Agora que acabamos com a miséria visível, temos de ir atrás da miséria ainda invisível, aquela que esconde dos nossos olhos, dos nossos programas e das estatísticas oficiais", completou. Dilma destacou que é preciso preencher as lacunas do cadastro único dos programas sociais do governo, preenchendo-as com nome e endereço, com a tipificação de cada família que ainda não recebe os benefícios do Brasil sem Miséria.
Dilma propôs informalmente, em seu discurso, um grande campeonato pela justiça e igualdade no País, no sentido de buscar as pessoas que estão fora do Cadastro Único, que serve como porta de entrada para os programas sociais do governo. "Vamos todos juntos, governo federal, Estados, municípios e movimentos sociais. Vamos vencer esse campeonato e aí vamos entrar para a história como um dos países que, de forma determinada e acelerada, eliminou do seu território a pobreza extrema."
Ao final de seu discurso, a presidente disse que se sentia emocionada e alegre ao ver que "juntos, conseguimos realizar a grande meta de superação da extrema pobreza". "Agora falta pouco falta muito pouco, mas agora justamente estamos atingindo essa meta, temos de vê-la apenas como o início, um grande e maravilhoso início, do tempo em que o Brasil vai poder realizar em plenitude seu grande papel histórico para o seu povo e o mundo."