Ao chegarem para a festa de comemoração dos 10 anos do PT no governo federal, dirigentes e políticos petistas comentaram as críticas feitas pelos tucanos nesta semana sobre a comemoração. Para o diretor do Instituto Lula, Luiz Ducci, a comparação entre os oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso com os dez de governo petista, "não tem nada de picuinha", criticando a expressão utilizada por FHC em vídeo postado na internet na última terça-feira (19). "Pelo contrário, se não (tiver comparação), fica um projeto abstrato, é imprescindível comparar não apenas as intenções, mas também os resultados", afirmou Ducci.
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Para aliado do governo Dilma, discurso de Aécio no Senado é 'desespero'Aécio diz que quem governa o Brasil é a lógica da reeleiçãoAécio diz que Dilma está longe de cumprir promessasQuarta-feira ganha 'cara' de campanha com evento do PT e discurso de AécioJá o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, disse encarar com naturalidade as críticas lançadas por FHC e também pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao partido. "Vejo com naturalidade. O PSDB está buscando se posicionar", disse. O filho de José Dirceu, ex-ministro chefe da Casa Civil no governo Lula, Zeca Dirceu, afirmou que a tentativa da oposição de usar o processo contra o partido é "desespero".
Os integrantes do partido que foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão não devem falar no evento). Os dirigentes do PT tentaram tratar o fato com naturalidade. O deputado federal Paulo Teixeira afirmou que quando o PT teve problemas, soube ter também autocrítica para avaliá-los. Ducci reiterou: "quem são os oradores naturais? O presidente Lula, a presidenta Dilma, o Rui Falcão. É de bom senso que os principais líderes falem". Teixeira reforçou dizendo que o PT tem muito orgulho de sua história.
Zeca Dirceu reiterou que o partido "tem sido muito solidário" com seu pai e que Dirceu tem sido recebido nos diretórios estaduais do partido.
O ex-deputado federal absolvido no processo do mensalão, professor Luizinho, afirmou que a oposição sempre retoma o assunto do mensalão pois "não sabe cuidar do direito do povo".