O Ministério da Educação (MEC) desperdiçou recursos e negligenciou sua principal ação para inclusão digital durante a gestão de Fernando Haddad, revela auditoria da Controladoria Geral da União (CGU). Por meio do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo), o governo se comprometeu a dotar as escolas públicas de laboratórios de informática, mas os auditores constataram que 12,6 mil dos 56,5 mil equipamentos entregues estavam guardados em caixas por até três anos.
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Haddad pede rapidez ao Congresso para votar novo indexador de dívida de SPHaddad retoma obras da gestão de kassab que estavam com mais de um ano de atrasoCom Haddad e Lula, Dilma define alianças políticas e rumos do governoMEC afastará servidores investigados por desviosEm 50 dias, Haddad vai a 82 reuniões e 25 eventosEm 15,3 mil laboratórios, os professores não tinham capacitação para operar as máquinas nem para ensinar a usá-las; em 18 mil não havia treinamento em informática ou os espaços serviam para atividades distintas. “Apesar dos avanços proporcionados pelo Proinfo na inclusão digital, (...) o uso pedagógico da informática nas escolas públicas de educação básica não foi plenamente atingido”, diz a CGU, que responsabilizou o MEC por não fiscalizar e acompanhar a execução do programa.
Por meio de nota, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) ressaltou que a CGU só visitou 196 escolas e os números são resultado de uma projeção. O Fundo, vinculado ao MEC questiona a veracidade dos números do órgão. A assessoria de Haddad informou que só se manifestará após tomar conhecimento oficial da auditoria.