Um dia depois de Luiz Inácio Lula da Silva ter lançado a presidente Dilma Rousseff candidata à reeleição, o PT paulista ameaça colocar obstáculos na estratégia de alianças em torno da candidatura da petista. Nessa quinta-feira, os deputados estaduais da legenda se reuniram e defenderam, de maneira unânime, candidato a governador pelo PT em 2014.
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PT e PSDB travam o primeiro round na disputa pela Presidência da RepúblicaPresidente do PMDB rebate críticas de Eduardo Campos à aliança com o PTEduardo Campos questiona aliança entre PT e PMDB“É um momento de deixar emergir as posições. No PT sempre é bom ter debate, mas temos que ter tranquilidade para que o partido se mantenha unificado. É fundamental reeleger a Dilma, como é fundamental ganhar 2014 no Estado de São Paulo”, disse o deputado Edinho Silva, presidente estadual do partido. “Não é do nosso interesse nem do PMDB. É de uma engenharia impossível de ser fazer. Não tem nenhuma viabilidade política. É consenso absoluto na bancada”, disse o deputado estadual Antonio Mentor. “A avaliação geral é a de que o PT tem que ter candidato próprio. O partido tem bons nomes. Temos que fazer um diagnóstico pelo Estado e fortalecer os nossos candidatos”, afirmou o líder do PT na Assembleia, Alencar Santana.
Todos os 22 parlamentares petistas presentes à reunião foram favoráveis à candidatura própria, inclusive o presidente do PT, Rui Falcão - que, questionado diretamente sobre o assunto, defendeu o PT na cabeça de chapa. “Se houvesse alguma viabilidade, o Michel toparia na hora. Não tem. Se o PT indica o Temer, o Alckmin papa no primeiro turno. A imagem dele é muito consolidada”, comentou um deputado que preferiu não se identificar.
Na última quarta-feira, o PMDB paulista soltou nota na qual afirma que “a prioridade do PMDB de São Paulo é a manutenção da aliança vitoriosa constituída pela chapa Dilma-Temer para presidente e vice-presidente da República nas eleições de 2014”. Temer e Chalita não compareceram ao evento de comemoração dos dez anos do PT no governo federal, durante o qual Lula defendeu a reeleição de Dilma. A ausência foi interpretada por petistas como um sinal de insatisfação com as articulações para 2014. Entre outros pontos de discórdia, está a espera pela indicação de Chalita para um ministério de Dilma.
No encontro dessa quinta-feira, os petistas também viram o discurso sobre a reeleição de Dilma como um recado às “viúvas” que pregavam nos bastidores a volta de Lula em 2014.