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Do total de 110 quilômetros entre Itacarambi e Montalvânia, o trecho de 48 quilômetros até Manga deveria ter sido o primeiro a ser concluído. No entanto, foi o primeiro a sofrer interrupção e até hoje as obras não foram retomadas. Quem viaja de Itacarambi para Manga, logo que atravessa os primeiros quilômetros, precisa tomar cuidado para evitar acidentes, pois existem apenas trechos de pista pavimentada que se alternam com outros, de terra, evidenciando que as obras foram interrompidas repentinamente.
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O ex-prefeito de Manga Joaquim Oliveira Sá Filho (PPS), o Quinquinha, revela que, além de irregularidades apontadas pelo TCU, os serviços na estrada entre Itacarambi e Manga foram interrompidos por problemas no licenciamento ambiental das obras. “Houve dificuldades também pelo fato de a estrada passar dentro de uma área indígena (da etnia xacriabá)”, informou Quinquinha, que administrou a cidade entre 2007 e 2012.
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Obras de pontes e viadutos que custaram milhões ficaram no meio do caminho em MGPonte construída há sete anos no Vale do Jequitinhonha até hoje não foi concluídaEm Pedro Leopoldo, ponte está "quase" concluída há quatro anos“No trecho entre Itacarambi e Manga houve uma época que chegaram a colocar uma camada de pedra e brita para receber o asfalto. Aí, interromperam as obras e o serviço que tinha sido feito acabou ficando perdido”, lamenta o advogado Geraldo Flávio de Macedo, que dirige uma organização não governamental (ONG) de defesa da comunidade de Montalvânia.
De acordo com o Departamento de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Montes Claros, a empreiteira contratada para asfaltar a estrada abandonou os serviços porque faliu. O órgão informou que está providenciando nova licitação para contratar uma outra firma e também providenciando um novo projeto para a pavimentação do trecho entre Itacarambi e Manga.