O partido que a ex-senadora Marina Silva pretende criar neste ano, o Rede Sustentabilidade, deverá consumir pelo menos R$ 500 mil no processo de captação de assinaturas pelo País. O financiamento desses recursos reproduzirá a pirâmide social do "movimento", como os 'marineiros' chamam a legenda. As menores doações vêm de centenas de entusiastas, que compram uma camisa de R$ 20, mas o grosso é concentrado em uma dezena de fundadores alguns deles ligados às maiores empresas do País.
Os organizadores do partido esperam a obtenção do CNPJ da Rede, que deve sair na próxima semana, para começar a arrecadar as contribuições. Por enquanto, foram levantados pouco mais de R$ 150 mil, destinados a pagar os custos do evento de lançamento da legenda em Brasília há uma semana.
Os recursos foram obtidos com a venda de 500 camisetas e outros produtos, mas a maior parte veio de cerca de 80 dos 250 fundadores, entre os quais Neca Setúbal, socióloga e herdeira do Itaú, e Guilherme Leal, copresidente do Conselho de Administração da Natura, que foi candidato a vice na chapa de Marina, pelo PV, nas eleições de 2010.
Questionada sobre para onde vai o dinheiro arrecadado, já que ainda não há uma conta corrente do partido, Neca, responsável pela área financeira da Rede, brincou: "Embaixo do colchão do Marcelo Estraviz", numa referência ao especialista em captação de recursos que atua no "movimento".