Brasília - O desmembramento das comissões de Turismo e Desporto e de Seguridade Social e Família em quatro novos colegiados – elevando de 20 para 22 comissões técnicas na Câmara – é um dos principais assuntos da reunião da Mesa Diretora da Casa nesta terça-feira. A decisão do desmembramento das duas comissões foi decidido pelos líderes partidários na semana passada em reunião com o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), mas depende de aprovação da Mesa e depois do plenário da Casa.
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Código de Processo Civil mais ágil volta para a pauta da Câmara dos DeputadosCâmara dos deputados vai discutir cota de 50% para candidatas em disputas eleitoraisCâmara muda MP que trata de desoneração da folha de pagamento das empresasGastos na Câmara só em caso de emergênciaEleitos para comandar comissões são alvos de denúnciaCâmara dos Deputados deve aprovar hoje criação de mais uma comissão técnicaPSDB e PSD que têm direito à quarta e quinta escolha, respectivamente, com 20 comissões. Se houver o desmembramento, as duas siglas caem uma posição na ordem de escolha, ficando com a quinta e sexta posição. Atualmente, o DEM preside duas comissões, mas com a criação do PSD, o partido irá presidir um único colegiado, mesmo com o aumento de 20 para 22 comissões técnicas. O PR, que tem duas presidências, poderá ficar com uma, se não houver o desmembramento. Se ele ocorrer, o partido terá irá liderar dois colegiados.
Se for mantido o número de 20 comissões, o PT e o PMDB vão comandar três comissões cada; PSDB, PSD e PP duas cada; PR, DEM, PSB, PDT, PTB, bloco PV/PPS, PSC e PCdoB, uma cada. No caso do aumento para 22 comissões, a distribuição será a seguinte: PT quatro, PMDB três, PSDB, PSD, PP e PR duas cada; DEM, PSB, PDT, PTB, bloco PV/PPS, PSC e PCdoB uma cada. A escolha das presidências das comissões pelos partidos está marcada para quarta-feira (27), e a eleição para as presidências dos colegiados para os dias 5 e 6 de março.
Outro assunto que deverá ser decidido na reunião da Mesa Diretora é a transformação da Corregedoria da Câmara em órgão autônomo ligado à presidência da Casa. Cabe à corregedoria promover investigação e apreciar denúncias sobre parlamentares, fazer as sindicâncias e recomendar à Mesa da Casa a abertura de processo de cassação de mandato de deputados ou o arquivamento de representações.
Até o final do mês de janeiro, o órgão era ligado à segunda vice-presidência da Câmara, mas o então presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), assinou um ato transferindo a corregedoria para a terceira secretaria. Esse documento precisa ser referendado pela atual Mesa da Casa até que se promova a alteração regimental para que a corregedoria seja transformada em órgão autônomo, a exemplo do que é a Procuradoria e a Ouvidoria Parlamentar.
Os líderes partidários da Câmara se reúnem, também nesta terça-feira, com o presidente da Casa para definir a pauta de votações da semana.