Carlos Mendes de Lima (PDT) foi o primeiro vereador mineiro a perder o cargo comissionado na Assembleia Legislativa – e com ele um salário mensal de R$ 7.788,73. A exoneração do chefe de gabinete do deputado Tenente Lúcio (PDT) foi publicada na edição dessa quarta-feira do Diário do Legislativo e atende a deliberação da Mesa Diretora da Casa, que por unanimidade aprovou a proibição de contratação de vereadores para cargos nos gabinetes parlamentares. Foi depois que o Estado de Minas trouxe à tona as nomeações de vereadores no gabinete do deputado Fábio Cherem (PSD) que a Mesa decidiu proibir esse tipo de contratação.
“Sou respeitador das leis e em momento algum discordei da Mesa Diretora. Mas ele foi a primeira pessoa que contratei quando vim para a Assembleia, e vai ser uma perda muito grande para o gabinete”, lamentou o parlamentar. Ainda de acordo com o deputado, o ex-funcionário ficava durante o dia na Assembleia e conseguia conciliar a função com o mandato porque as reuniões plenárias em Brumadinho acontecem apenas uma vez por semana, à noite.
A expectativa é de que nos próximos dias novas exonerações sejam publicadas no Diário do Legislativo, já que informações extraoficiais dão conta de que há vereadores empregados em 42 gabinetes de deputados. Um deles é o do deputado Fábio Cherem (PSD), que tem em sua folha de pagamentos dois vereadores de Lavras: Antônio Marcos Possato (PTB), que preside a Câmara, e Anderson Marques (PV), segundo mostrou o Estado de Minas. Até ontem ele ainda não havia exonerado os parlamentares, que trabalham no escritório parlamentar em Lavras com uma jornada de quatro horas diárias.
Em nota enviada à reportagem, Cherem não definiu quando o ato será tomado. “Temos a informar que o gabinete do deputado Fábio Cherem vai atender aos critérios estabelecidos pela Assembleia Legislativa para as nomeações/exonerações, de acordo com as instruções normativas da Mesa, assim como o fez em todo o exercício do mandato”, diz o texto.