Dirigentes do PMDB já admitem que o partido deverá receber mesmo o comando do Ministério dos Transportes dentro da reforma do primeiro escalão que a presidente Dilma Rousseff deverá fazer possivelmente nas próximas duas semanas.
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O próprio perfil do comando do ministério foi alterado. Em vez de um político, a pasta foi entregue ao então secretário executivo, Paulo Sérgio Passos. Embora filiado ao PR, Passos sempre teve perfil técnico. Tanto que sua nomeação foi considerada pela cúpula do PR como sendo da cota pessoal da presidente, não representando o partido.
Peemedebistas admitem que receber o ministério esvaziado não é interessante. Lembram que o atual ministro sequer é convidado para participar do road show do governo no exterior para atrair possíveis investidores estrangeiros interessados nas concessões disponíveis.
Até o momento, a sinalização do Planalto é que a pasta poderá ser turbinada como deseja o PMDB. O problema é que Dilma pretende manter algum tipo de controle para evitar que os Transportes voltem a ser foco de irregularidades, como ocorreu no primeiro ano de mandato.
Se essa equação for resolvida, o PMDB desistirá de cobrar a fatura pelo apoio dado ao PT na campanha municipal pela Prefeitura de São Paulo, quando ajudou o petista Fernando Haddad a se eleger. O acordo original previa a nomeação para o Ministério de Ciência e Tecnologia do deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP), cujo apoio no segundo turno contribuiu para a vitória de Haddad.
As denúncias envolvendo Chalita com suposto recebimento de propina quando era secretário estadual de Educação sepultaram suas chances de assumir algum cargo no primeiro escalão.