Depois de quase dois meses de muita costura política e até anúncio de teste psicológico para escolher os integrantes da equipe de governo - sinalizando que queria colaboradores com perfil eminentemente técnico-, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), conseguiu chegar a um meio termo ao anunciar o primeiro escalão de governo. Ele cedeu aos políticos, porém não deixou de lado a formação profissional para concordar com a indicação política. Na lista de Lacerda fica claro que ele conseguiu mesclar nomes com lastro político, indicados pela maioria dos 19 partidos que o ajudou a se reeleger, além de profissionais de carreira. O tripé da administração de Lacerda conta ainda com antigos colaboradores, alguns da época quando ele era empresário e geria uma empresa na área de telecomunicação.
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Marcio Lacerda anuncia equipe para o segundo mandato na Prefeitura de BHTucanos queriam mais cargos na gestão de Lacerda na PBHPrefeito Marcio Lacerda amansa tucanos com cargos na Prefeitura de BHLacerda se mostra disposto a conversar com partidos sobre suas indicações para a PBHLacerda dá posse a 20 novos colaboradores do primero escalão da PBHMilitantes do PSB reclamam de falta de espaço na equipe da Prefeitura de BHLacerda escolhe equipe de governo com forte viés técnico; sem esquecer aliados políticosPartidos aliados de Lacerda buscam espaço no 2º e 3º escalões da PBHNa seqüência, vem o PSB, partido de Lacerda, que ficou com três secretarias: Sueli Baliza, na Educação; vereador Daniel Nepomuceno, na Secretaria de Serviços Urbanos; e Marcello Abi-Saber, na secretaria de Assuntos Institucionais. Neste último caso, Abi-Saber (PSB) faz parte do chamado núcleo duro do poder, que acompanha Lacerda desde a iniciativa privada, assim como o secretário de Governo, Josué Valadão, que apesar de ser do PP, é homem de confiança do prefeito, que também o acompanha desde o primeiro mandato.
Levaram também uma secretaria, cada um, o PDT, com o vereador Bruno Miranda (Esportes e Lazer), que chegou a ter o apoio de Lacerda para disputar a presidência da Câmara de Belo Horizonte. Camilo Fraga foi indicado pelo PSD para ocupar a Secretaria de Extraordinária para a Copa do Mundo, cuja criação foi aprovada neste ano, na Câmara de BH, depois de envio de projeto do Executivo municipal.
Regionais
Nas nove administrações regionais, que tem têm status de secretarias regionais, Lacerda entregou o comando para nove partidos e apenas em uma, a administradora não tem lastro na política. Neusa Fonseca foi mantida no cargo na Regional Leste.
Os tucanos também nas regionais ganharam a maior fatia, abocanhando as regionais do Barreiro e da Pampulha. O PTB levou a Regional Leste; a Nordeste ficou com o PPS; na Noroeste foi um “pool” de partidos (PSD/PTN/PSDC), que indicou o responsável pela administração daquela região; PR e PRB indicaram as regionais Norte e Venda Nova, respectivamente. Já o PV, partido do vice-prefeito Délio Malheiros, ganhou a Regional Centro-Sul - aliás, o único cargo de primeiro escalão conseguido pelos verdes na administração de Lacerda.
Autarquias, fundações e empresas
De um total de seis cargos disponíveis na administração indireta da Prefeitura de Belo Horizonte (fundações, autarquias e empresas), apenas um deles não teve indicação política. É o caso da Urbel, que continua sob o comando do coronel da reserva Genedempsey Bicalho Cruz.
Também permanecem nos cargos o presidente da BHTtrans, Ramon Victor, na cota do PSDB, e na Belotur, Mauro Werckema, lastreado pelo PSB. Na Fundação Municipal de Cultura, ganhou o indicado do PSB, Leônidas José de Oliveira. O PT do B ficou com a Prodabel, indicando Haldley Campolina Vidal. Na Fundação Zoo-Botânica, Jorge Espeschit foi indicado pelo cargo pelo PPS.