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Estado de Minas

Partidos aliados de Lacerda buscam espaço no 2º e 3º escalões da PBH

Sem cargos no secretariado, principais partidos aliados de Lacerda reclamam e pressionam por espaço no segundo e terceiro escalões. Até o PV, legenda do vice-prefeito, esperava mais


postado em 01/03/2013 06:00 / atualizado em 01/03/2013 06:53

Os principais partidos aliados do prefeito Marcio Lacerda (PSB) na campanha pelo segundo mandato não ficaram satisfeitos com os cargos que receberam no primeiro escalão da administração municipal. De forma mais dura, ou se esforçando para demostrar tranquilidade, reclamam que mereciam mais espaço. A pressão agora será em outra direção: as gerências e diretorias, principalmente das regionais. São postos de terceiro e quarto escalões, sem muita visibilidade, remuneração mais baixa, mas que coloca seus ocupantes em contato direto com a população, empresários, diretoras de escolas e com o comando de postos de saúde.


A cobrança vem até mesmo de portas próximas às de Lacerda. O vice-prefeito Délio Malheiros, presidente municipal do PV, afirma que os cargos entregues ao partido ficaram aquém do que gostariam. “Queríamos pelo menos duas secretarias e mais uma regional”, afirmou. A legenda pretendia, por exemplo, ter indicado o comando da Secretaria de Meio Ambiente. No primeiro escalão, o partido ficou apenas com a Regional Centro-Sul. “Não é o que gostaríamos, mas nem sempre conseguimos o que queremos”, disse Délio. “Vamos continuar conversando sobre as indicações do terceiro e quarto escalões”, acrescentou.

Em ambos os agrupamentos, um dos cargos mais cobiçados é a Gerência de Fiscalização. A principal função do posto é conceder ou cassar alvarás de funcionamento de empresas, bares e lojas. Pode ainda embargar obras e aplicar multas. As diretorias de Educação e Saúde também são disputadas com vontade, porque seus ocupantes fazem o primeiro contato com escolas e centros de atendimento para entrega de demandas às secretarias.

Também à espera de mais indicações, o PPS, que conseguiu emplacar seu presidente municipal, Geraldo Magela, na Regional Nordeste, além de ter assegurado o comando da Fundação Zoo-Botânica, tem hoje o seu vereador mais experiente, Ronaldo Gontijo, ex-líder de Lacerda na Câmara, extremamente nervoso com o prefeito. “O partido foi desprestigiado. Reconhecemos que nossa bancada não cresceu nas últimas eleições, mas fomos aliados de primeira hora na campanha pela reeleição”, disse o parlamentar, que chegou a ser cotado para a Secretaria da Educação, mas teve a indicação vetada por Lacerda. “Faltou sensibilidade política. Vamos ser um pouco mais críticos agora”, afirmou, se referindo ao comportamento da bancada do PPS no Legislativo a partir de agora. A expectativa do partido é em relação à ex-vereadora Sílvia Helena, que poderá ser indicada para a Diretoria de Direito e Cidadania.

Mágoa interna

As críticas partiram até de dentro de casa: no PSB, partido do prefeito, a principal mágoa é com o fato de nenhuma das nove regionais ter sido entregue ao partido. Integrantes da legenda afirmam que a maior parte dos filiados à sigla que ocuparão cargos no primeiro escalão não têm participação intensa na vida partidária. “O único que pode ser considerado como do PSB é o vereador Daniel Nepomuceno”, afirma um integrante da legenda. “Mas a briga continua no terceiro e quarto escalões”, completou. Nepomuceno foi indicado para a Secretaria de Serviços Urbanos.

Mais discreto de todos os “reclamões”, o presidente do PSDB estadual, deputado federal Marcus Pestana, admitiu haver “uma insatisfação pontual aqui ou ali”. “O importante é que há uma afinidade na visão de administração pública entre o partido e o prefeito”, argumentou. Ao longo das negociações para montagem do primeiro escalão, Lacerda vetou pelo menos três nomes indicados pelo senador Aécio Neves para cargos na administração municipal. O prefeito não quis o deputado estadual João Leite na Secretaria de Obras e não aceitou Paulo Bregunci para a Urbel nem Reinaldo Alves Costa para a Sudecap. Os três cargos, todos com contato direto com empreiteiras, serão ocupados por indicações pessoais de Lacerda. Conforme previsão do próprio prefeito, a tendência é de que todo o governo esteja montado em até 60 dias.

Vereadores exonerados

Pivôs da decisão da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de proibir a contratação de vereadores em cargos de comissão pelos deputados estaduais, os dois parlamentares de Lavras lotados no gabinete do deputado estadual Fábio Cherem (PSD) foram exonerados. A publicação excluindo dos quadros do Legislativo o vereador Anderson Marques (PV) e o presidente da Câmara Municipal lavrense, Antônio Marcos Possato (PTB), saiu ontem, com data retroativa a quarta-feira. Anderson era auxiliar de gabinete e ganhava R$ 1.397,83 e Possato era supervisor, com vencimento de R$ 2.635,84. Ambos eram contratados para uma jornada de quatro horas diárias no escritório parlamentar em Lavras. Outro exonerado foi Alan Dala Paula Torres, do gabinete do deputado Doutor Wilson Batista. Ele foi empossado recentemente diretor-geral da Câmara Municipal de Muriaé e o deputado achou melhor que não acumulasse as duas funções. “Não existe lei que proíbe, mas é moralmente ruim. Achei que ele não ia poder se dedicar tanto ao trabalho e falei com ele”, explicou o deputado.

 

 


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