Jornal Estado de Minas

Partidários da Rede se reúnem em BH para organizar novo partido de Marina Silva


Partidários da Rede Sustentabilidade, legenda lançada pela ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, no dia 16 de fevereiro deste ano, promovem neste sábado, no Museu Inimá de Paula, no centro de Belo Horizonte, um encontro para formar voluntários e, ainda, organizar a campanha de coleta de assinaturas em Minas Gerais. O objetivo dos fundadores da agremiação é conseguir o registro definitivo junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até outubro deste ano.
De acordo com a legislação, é exigido no mínimo 500 mil assinaturas, em nove estados da federação, para a criação de um novo partido. Nesta semana que passou, o partido de Marina Silva, que disputou a Presidência da República em 2010, e ainda não admite uma candidatura em 2014, foi registrado no TSE. O propósito de conseguir o registro definitivo até outubro deste ano é viabilizar a disputa eleitoral nas próximas eleições, em 2014.

O coordenador da criação do partido em Minas, ex-deputado federal José Fernando de Oliveira informa que a meta para a coleta em Minas é de, no mínimo, 150 mil assinaturas. Número semelhante também foi fixado para o Rio de Janeiro. Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, os partidários da Rede vislumbram conseguir 250 mil assinaturas. Ou seja, os partidários da Rede esperam ultrapsssar a barreira das 500 mil assinaturas.

De acordo com José Fernando, são aguardados para o encontro deste sábado em torno de 200 pessoas para participar desse projeto de criação da Rede. Sobre gastos com o encontro, ele disse que serão bancados pelos próprios simpatizantes e partidários do novo partido. “Assim mesmo será muito pouco, porque a direção do museu nos cedeu o espaço sem cobrar e só vamos servir água durante o encontro”, garantiu José Fernando.

Estrela


Marina Silva tem se esquivado da posição de estrela do partido, em especial que a Rede Sustentabilidade foi lançada com o objetivo único de abrigar sua candidatura em 2014 à Presidência da República. Diante dos questionamentos, a resposta da ex-senadora - que já foi do PT, sendo uma das fundadoras do partido, e também do PV-, é que a nova agremiação nasce sob o signo da rede que quer quebrar o modelo atual de partido. Ou seja, com a Rede Sustentabilidade pretende-se dar um viés que extrapola unicamente a disputa eleitoral. De acordo com seus partidários, a Rede deve buscar a mobilização em torno de causas e pessoas, a exemplo do que acontece nas redes sociais.

Durante o lançamento do partido, em Brasília, Marina argumentou que o país saiu da “fase do ativismo político”, dirigido por sindicatos, ONGs e outras entidades. “E hoje estamos na fase do ativismo autoral, graças à ajuda da internet", explicou Marina naquela ocasião. Questionada sobre o direcionamento político da legenda, ela disse que a Rede Sustentabilidade "não será de direita e tampouco de esquerda".

Marina tem tido também que o novo partido poderá fazer alianças com outras siglas, mas com restrições. "As alianças serão pontuais, com qualquer partido com que tenhamos afinidade programática. A ideia é manter a coerência do discurso", garante.