O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nessa sexta-feira, a integrantes do diretório nacional, durante reunião em Fortaleza, que o partido será tolerante com os aliados, porque não quer romper com ninguém. Mas deixou claro que o caminho estão livres para quem queira deixar a base. "Se alguém quiser romper conosco, que rompa. Não podemos impedir as pessoas de fazerem o que é de interesse dos partidos políticos", disse Lula, que tem defendido a manutenção da base em meio às ameaças de o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disputar a Presidência em 2014.
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Quem quiser romper com a base, que rompa, afirma LulaPara Lula, candidatura de Eduardo Campos seria 'risco' para aliança entre PT e PSBEduardo Campos alerta Lula sobre antecipação do debate sucessórioGovernador do Ceará critica Lula por lançar candidatura DilmaNa TV, PSB paulista exalta aliança com tucanosPara fortalecer Eduardo Campos em 2014, PSB quer entrar na disputa em 12 estadosEduardo Campos vai atrás da Força Sindical, segunda maior central sindical do paísLula e FHC mantêm 15 anos de tiroteio verbal vuisando a disputa do poderPresidenciáveis enfrentam desafios para a disputa eleitoral em 2014Homenagem a Eduardo Campos vira campanha para 2014No foco do debate, o governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, afirmou ontem que não se sente pressionado a definir uma eventual candidatura. "O relógio do PSB trabalha no fuso horário do PSB", garantiu. "Não vamos trabalhar com o relógio dos outros, com o tempo dos outros nem fazer o jogo dos outros. Vamos fazer o jogo do Brasil e o jogo do PSB".
"Nosso jogo é muito claro", reafirmou Eduardo Campos, sem esconder a meta de fortalecimento e protagonismo do partido no Brasil. "Não vamos atropelar ninguém, mas também jamais seremos atropelados", destacou. "Quem imaginar que o PSB vai renunciar ao projeto de ser um grande partido neste país está redondamente enganado".
Indagado se o ex-presidente Lula errou ao lançar a candidatura da presidente Dilma à reeleição, antecipando o debate sucessório, disse respeitar quem pensa diferente, mas alertou para o perigo dessa discussão antes do tempo. "Nunca vi quem está no governo, sobretudo quem está no governo com situação de dificuldade, antecipar o calendário eleitoral", afirmou. "Nunca vi isso dar certo".