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Estado de Minas

Lula troca farpas com o PSB do presidenciável Eduardo Campos


postado em 02/03/2013 06:00 / atualizado em 02/03/2013 06:56

 

(foto: Adalberto Roque/AFP - 30/1/13)
(foto: Adalberto Roque/AFP - 30/1/13)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nessa sexta-feira, a integrantes do diretório nacional, durante reunião em Fortaleza, que o partido será tolerante com os aliados, porque não quer romper com ninguém. Mas deixou claro que o caminho estão livres para quem queira deixar a base. "Se alguém quiser romper conosco, que rompa. Não podemos impedir as pessoas de fazerem o que é de interesse dos partidos políticos", disse Lula, que tem defendido a manutenção da base em meio às ameaças de o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disputar a Presidência em 2014.


Mais tarde, em entrevista coletiva, Lula negou que esteja tentando impedir uma possível candidatura de Campos. Mas o petista afirmou que a entrada do aliado na disputa eleitoral poderia colocar em risco a parceria "histórica" entre as duas siglas. "Defendo a liberdade incondicional de cada partido de fazer o que bem entenda. Se não fosse assim, o PT não teria chegado à Presidência da República. Portanto, eu jamais tomaria qualquer atitude para impedir que um companheiro fosse candidato a presidente", disse Lula. "O que temos que ver é se estrategicamente é importante a gente colocar em risco uma coisa que tem dado tão certo neste país", complementou, referindo-se à aliança entre PT e PSB. "O meu papel é fazer todo o esforço para que a gente esteja junto. Temos que construir uma aliança muito forte”, disse Lula.

’Todos serão salvos’  O ex-presidente rebateu comentários do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB). Na semana passada, o peemedebista disse que Lula teria indicado que a vaga de vice da presidente Dilma Rousseff permaneceria com o PMDB, nas mãos de Michel Temer. O comentário foi feito em meio a especulações de que Dilma poderia ceder a vaga de vice a Campos, com o objetivo de manter a aliança com o PSB. "Deixa eu falar uma coisa alto e bom som: quem escolhe vice é a presidente, não sou eu”, afirmou. "Como ela tem uma bela amizade com o PSB e com o Eduardo Campos, no momento certo eles vão conversar e, no final, entre mortos e feridos, todos serão salvos", disse.

No foco do debate, o governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, afirmou ontem que não se sente pressionado a definir uma eventual candidatura. "O relógio do PSB trabalha no fuso horário do PSB", garantiu. "Não vamos trabalhar com o relógio dos outros, com o tempo dos outros nem fazer o jogo dos outros. Vamos fazer o jogo do Brasil e o jogo do PSB".

"Nosso jogo é muito claro", reafirmou Eduardo Campos, sem esconder a meta de fortalecimento e protagonismo do partido no Brasil. "Não vamos atropelar ninguém, mas também jamais seremos atropelados", destacou. "Quem imaginar que o PSB vai renunciar ao projeto de ser um grande partido neste país está redondamente enganado".

Indagado se o ex-presidente Lula errou ao lançar a candidatura da presidente Dilma à reeleição, antecipando o debate sucessório, disse respeitar quem pensa diferente, mas alertou para o perigo dessa discussão antes do tempo. "Nunca vi quem está no governo, sobretudo quem está no governo com situação de dificuldade, antecipar o calendário eleitoral", afirmou. "Nunca vi isso dar certo".


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