Nove meses depois de o Brasil conceder asilo político ao senador boliviano Roger Pinto Molina (Convergência Nacional), de 52 anos, os governos brasileiro e boliviano decidiram hoje (2) criar uma comissão para analisar o assunto. O político está abrigado na Embaixada do Brasil em La Paz desde 28 de maio de 2012.
Em maio, Pinto Molina pediu abrigo à embaixada. Em junho, o Brasil concedeu o asilo, mas o senador não conseguiu deixar o país porque não houve autorização (o salvo-conduto) do governo boliviano. O senador se diz perseguido políticamente pelo governo do presidente Evo Morales.
Pinto Molina é acusado de corrupção e conivência com o narcotráfico. Ele nega, mas é alvo de 20 ações judiciais abertas pelo governo em diferentes cidades bolivianas. O senador é um dos líderes da oposição.
Os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, do Brasil, e David Choquehuanca, da Bolívia, reuniram-se hoje e o tema foi discutido. "O grupo de trabalho contará com representantes das chancelarias e de especialistas na matéria para um exame de todos os aspectos relevantes do caso", disse o ministro boliviano.