O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que a mudança no indexador da dívida do município - atualmente calculada com base no Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) mais 9% ao ano - vai "destravar" algo em torno de R$ 6 bilhões ao ano para serem aplicados em investimentos em São Paulo. Ele reiterou que já se reuniu com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e que está agendando uma reunião com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), para tratar do tema, que precisa ser aprovado no Congresso. Para o prefeito, a renegociação é "prioritária" num momento em que o País precisa de mais investimento público para crescer.
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Indagado se esse montante seria uma espécie de contrapartida do governo federal pela Prefeitura ter adiado para junho o aumento no valor da passagem de ônibus, a pedido do próprio governo federal para não pressionar os índices inflacionários, Haddad negou qualquer relação entre as duas medidas. "Evidentemente que não, até porque as tratativas foram feitas com o (ex-prefeito, Gilberto) Kassab. Não tem nada a ver. É um projeto que não é de governo. Não é de PT, PSDB, PSD. É um projeto da cidade, do Estado e do País. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Até porque, como eu vou utilizar esse dinheiro para subsidiar (os transportes)? Nem orçamentariamente eu conseguiria fazer essa operação", concluiu o prefeito.