O Estado de São Paulo, que representa cerca de um terço de toda a produção brasileira, se juntou ao Rio de Janeiro e ao Espírito Santo, Estados produtores de petróleo, na batalha contra uma manobra legal que os forçaria a dividir os royalties do petróleo com outros 24 estados brasileiros. Em entrevista à Dow Jones, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que é favorável à manutenção do veto da presidente Dilma Rousseff e considerará uma ação legal se ele for revertido.
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Fracassa primeira tentativa de acordo para votar vetos a projeto que redistribui royaltiesVice-governador diz que Rio vai lutar para manter vetos aos royaltiesDilma diz que governo será obrigado a aceitar decisão do Congresso sobre royaltiesGarotinho tenta acordo para evitar votação do veto dos royalties do petróleoRelator da MP dos royalties do petróleo acredita que vetos serão derrubadosAlckmin anuncia pacote de R$ 2,4 bi para municípiosAdams nega manobra do governo em novo texto sobre royalties do petróleoNovo texto adia votação de vetos na lei dos royalties do petróleoCongresso adia para amanhã votação dos vetos dos royalties do petróleo Governo republica mensagem de Dilma sobre vetos"Somos favoráveis a manter o veto de Dilma", afirmou Alckmin. Ele calcula que o Estado de São Paulo perderia cerca de R$ 4 bilhões em receita de 2013 a 2020 se o veto for revertido. Ele frisou que o Estado considera entrar com um processo judicial se o veto for anulado.
Alckmin afirmou que a mudança na distribuição de royalties de campos já produtores de petróleo é o mesmo que mudar contratos já assinados. Ele afirmou que apoia a discussão de um acordo no qual os royalties sejam distribuídos mais amplamente, mas que os dos campos já produtores devem continuar a fluir aos governos locais. Alckmin já conversou com os governadores do Rio de Janeiro e do Espírito Santo nesta segunda-feira (4). Segundo analistas, as mudanças propostas custarão aos três estados cerca de R$ 6 bilhões ao ano em perda de receita.
O governador do Rio, Sérgio Cabral, já afirmou que vai entrar na Justiça para bloquear a mudança relacionada à produção de petróleo já existente. Segundo autoridades do Estado, a alteração afetaria a capacidade do Rio de sediar a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. As informações são da Dow Jones.