Com a campanha eleitoral antecipada por seu próprio partido e diante de conflitos na base aliada por conta das aspirações políticas do PSB, a presidente Dilma Rousseff intensificou a estratégia de comunicação das ações do governo e já colocou em prática um novo estilo para se mostrar mais popular e menos “tecnocrata”.
Além da estratégia de comunicação, Dilma também se aproxima dos movimentos sociais e aposta em pacotes de bondades para marcar sua gestão e reforçar o slogan “O fim da miséria é só um começo” criado por João Santana e divulgado na festa de 33 anos do PT, na qual Lula lançou a sucessora à reeleição.
Em cerimônia marcada para esta quarta-feira por exemplo, Dilma vai anunciar pelo menos mais R$ 16 bilhões para saneamento básico. A solenidade, no Palácio do Planalto, contará com 24 governadores, 18 prefeitos de capitais e 55 prefeitos de cidades com mais de 250 mil habitantes. O governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, provável adversário de Dilma na disputa de 2014, é esperado na cerimônia.
No Planalto, porém, auxiliares de Dilma afirmam que ela não quer antecipar o fim do mandato e que suas declarações, muitas vezes, são mal interpretadas. Dizem, por exemplo, que ela ficou “muito contrariada” ao ler nos jornais que não havia deixado clara a intenção de reeditar a dobradinha com o vice Michel Temer, em 2014, ao participar da convenção do PMDB.